O título deste post poderia terminar com um sinal de interrogação, mas isso não seria honesto. Se o título fosse uma pergunta, denotaria alguma dúvida, coisa que, absolutamente, não tenho mais. Votarei em Dilma sem nenhuma dúvida, mas, também, sem convicção. Alguém pode achar que isso é contraditório, mas não é.
Votarei em Dilma, basicamente, para não votar em Serra. E o meu não-voto em Serra não se deve ao seu currículo ou a qualquer questão ideológica. Não se deve ao fato dele estar andando em más companhias ou à escolha de seu vice. Em qualquer um destes itens, não identifico, sinceramente, grandes diferenças entre o candidato da oposição e a candidata do governo.
O motivo do meu não-voto em Serra se deve à sua covardia.
Serra teve a oportunidade de defender sua candidatura dizendo o que ele poderia fazer para melhorar o que aqui está. Poderia mostrar sua face, poderia tentar convencer os eleitores a votarem num outro projeto e mostrar à sociedade que este projeto é consistente. Muito provavelmente, não conseguiria se eleger, mas estaria, ao menos, sendo honesto. Muito possivelmente, seu projeto não tenha consistência, mas, ao menos, estaria mostrando, claramente, a que veio.
Mas, não. Serra preferiu o caminho da omissão. Preferiu aceitar a imposição do vice de um partido que está em frangalhos, preferiu submeter-se aos caprichos de um marqueteiro profissional, preferiu fugir da responsabilidade pela derrota. E deu o tiro de misericórdia em sua própria candidatura, quando tentou, num gesto desesperado, ligar sua imagem à do presidente Lula. Esta foi a gota d’água e o ápice da sua covardia.
Dilma contará com o voto da militância política do PT, com o voto de uma parcela esclarecida da sociedade, contará com o voto de uma parcela ignorante da população. Contará com votos dos pobres, da classe média, de parte da elite, até. Esse mundo de votos deverá elegê-la, possivelmente, no primeiro turno. Contará, também, com um voto meu. Será, repito, um voto sem convicção. Será, entretanto, um voto sem nenhuma sombra de dúvida.
Votarei em Dilma, basicamente, para não votar em Serra. E o meu não-voto em Serra não se deve ao seu currículo ou a qualquer questão ideológica. Não se deve ao fato dele estar andando em más companhias ou à escolha de seu vice. Em qualquer um destes itens, não identifico, sinceramente, grandes diferenças entre o candidato da oposição e a candidata do governo.
O motivo do meu não-voto em Serra se deve à sua covardia.
Serra teve a oportunidade de defender sua candidatura dizendo o que ele poderia fazer para melhorar o que aqui está. Poderia mostrar sua face, poderia tentar convencer os eleitores a votarem num outro projeto e mostrar à sociedade que este projeto é consistente. Muito provavelmente, não conseguiria se eleger, mas estaria, ao menos, sendo honesto. Muito possivelmente, seu projeto não tenha consistência, mas, ao menos, estaria mostrando, claramente, a que veio.
Mas, não. Serra preferiu o caminho da omissão. Preferiu aceitar a imposição do vice de um partido que está em frangalhos, preferiu submeter-se aos caprichos de um marqueteiro profissional, preferiu fugir da responsabilidade pela derrota. E deu o tiro de misericórdia em sua própria candidatura, quando tentou, num gesto desesperado, ligar sua imagem à do presidente Lula. Esta foi a gota d’água e o ápice da sua covardia.
Dilma contará com o voto da militância política do PT, com o voto de uma parcela esclarecida da sociedade, contará com o voto de uma parcela ignorante da população. Contará com votos dos pobres, da classe média, de parte da elite, até. Esse mundo de votos deverá elegê-la, possivelmente, no primeiro turno. Contará, também, com um voto meu. Será, repito, um voto sem convicção. Será, entretanto, um voto sem nenhuma sombra de dúvida.
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3 comentários:
Oi, Arnaldo! Obrigada pelo toque! O texto está devidamente corrigido para não causar mais dor em ninguém! rsrsrs...
obrigada. Abraço.
Romanzeira.
ainda não como será o meu voto!
bom texto e essa foto é demais!!
Arnaldo,
Acho que para isso existe a democracia, para escolhermos nossos candidatos. No meu caso, escolho o Serra por considerá-lo muito melhor. Fica bem visível o que ele já fez, ele tem uma história decente. Acho que as besteiras que fez devem-se a acordos partidários e não a uma atitude covarde. Política, para mim, sempre se deve fazer dentro de um partido. A Dilma é apenas um boneco de ventrílogo, o partido dela é o Lula. O último boneco de ventrílogo que vi governar foi o Pita. É claro que o Maluf e o Lula são muitíssimo diferentes, mas falo pela falta de experiência. Pega mal essa coisa de um cara ser eleito às custas do outro. Deve ser chato a gente escolher um candidato por exclusão. O meu é por considerá-lo melhor. Concordo quando diz que ela será eleita no primeiro turno. E é por isso que acho que devo estar errado. Não chego a dizer que a voz do povo é a de Deus, pois se fosse não haveria tanta desgraça no mundo, mas tenho certeza de que o povo está sempre certo.
Grande abraço
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