O amigo Bruno Ribeiro escreveu em seu blog, um bom texto a respeito de preconceito, com pinceladas específicas em relação ao presidente Lula. Minha opinião a respeito do preconceito, em geral, é muito parecida com o que ele colocou.
Embora concorde quando ele fala que as respostas céticas de seus interlocutores a respeito do tema sejam conformistas, sou obrigado a reconhecer que elas são verdadeiras. O preconceito existe sim e não há sinal de que esteja diminuindo.
O preconceito, pra mim, é pura ignorância. Simples assim. É expressão de quem emite juízo de valor sem conhecimento de causa. É opinião baseada em impressões desprovidas de saber. Assim, as pessoas podem achar que todo preto é burro, todo nordestino é preguiçoso, toda mulher é histérica, todo evangélico é babaca, todo careca é trouxa, todo feio é triste, enfim, sem o conhecimento, sem o saber, é possível achar qualquer coisa, caso não se tenha alguma preocupação em ser justo.
Mais grave do que isso, entretanto, é quando o saber existe e, mesmo assim, expressam-se os mesmos juízos. Aí não é mais preconceito. Aí já é falha de caráter, pois mesmo sabendo que a opinião não está suportada por informação consistente, percebe-se a contínua insistência na tese, aproveitando-se, até, do preconceito alheio. Um determinado preto pode até ser burro, mas não o é por ser preto. Seria, mesmo que fosse ariano. Um nordestino preguiçoso seria assim mesmo se tivesse nascido gaúcho. Um evangélico babaca não seria diferente se fosse espírita.
Meu pessimismo me leva a acreditar que o preconceito não terá fim. Se otimista eu fosse, conseguiria, no máximo, enxergar o fim do preconceito como uma utopia. O caminho seria, então, a educação, seria o saber, seria o conhecimento. Desta forma, com a sabedoria adquirida, só sobrariam os sem caráter a emitir opiniões baseadas no nada. Infelizmente, me parece que a aquisição do conhecimento é alguma coisa mais utópica do que o fim do preconceito.
Especificamente, em relação ao presidente Lula, reconheço que a carga de críticas que cai sobre ele é pesadamente suportada pelo preconceito. Sempre combati isso, nas conversas em geral, com extrema rispidez, mesmo porque sinto um enorme incômodo em ser confundido com um preconceituoso quando faço alguma crítica a ele ou ao seu governo. Os poucos leitores que este blog coleciona são testemunhas do quanto tenho criticado o governo petista. Por causa disto já fui chamado de conservador, de direitista, de babaca, ora aqui, ora ao vivo. Até aí, tudo bem. Já me chamaram de tanta coisa na vida, sem que eu fosse (embora algumas eu tenha sido mesmo), que não é isso o que mais importa. O que me importa é que a carga de preconceito que cai sobre os ombros do nosso presidente faz com que todos que achem acertado criticá-lo, acabem sendo juntados num mesmo balaio, com gatos de bandos distintos.
Sigo, entretanto, firme em minha convicção de que a crítica é a ferramenta mais eficaz na depuração de problemas e não posso abrir mão da liberdade de fazê-la. Vou continuar buscando esta depuração, mesmo porque, acredito que isso seja mais importante do que os eventuais rótulos que me coloquem no peito.
Embora concorde quando ele fala que as respostas céticas de seus interlocutores a respeito do tema sejam conformistas, sou obrigado a reconhecer que elas são verdadeiras. O preconceito existe sim e não há sinal de que esteja diminuindo.
O preconceito, pra mim, é pura ignorância. Simples assim. É expressão de quem emite juízo de valor sem conhecimento de causa. É opinião baseada em impressões desprovidas de saber. Assim, as pessoas podem achar que todo preto é burro, todo nordestino é preguiçoso, toda mulher é histérica, todo evangélico é babaca, todo careca é trouxa, todo feio é triste, enfim, sem o conhecimento, sem o saber, é possível achar qualquer coisa, caso não se tenha alguma preocupação em ser justo.
Mais grave do que isso, entretanto, é quando o saber existe e, mesmo assim, expressam-se os mesmos juízos. Aí não é mais preconceito. Aí já é falha de caráter, pois mesmo sabendo que a opinião não está suportada por informação consistente, percebe-se a contínua insistência na tese, aproveitando-se, até, do preconceito alheio. Um determinado preto pode até ser burro, mas não o é por ser preto. Seria, mesmo que fosse ariano. Um nordestino preguiçoso seria assim mesmo se tivesse nascido gaúcho. Um evangélico babaca não seria diferente se fosse espírita.
Meu pessimismo me leva a acreditar que o preconceito não terá fim. Se otimista eu fosse, conseguiria, no máximo, enxergar o fim do preconceito como uma utopia. O caminho seria, então, a educação, seria o saber, seria o conhecimento. Desta forma, com a sabedoria adquirida, só sobrariam os sem caráter a emitir opiniões baseadas no nada. Infelizmente, me parece que a aquisição do conhecimento é alguma coisa mais utópica do que o fim do preconceito.
Especificamente, em relação ao presidente Lula, reconheço que a carga de críticas que cai sobre ele é pesadamente suportada pelo preconceito. Sempre combati isso, nas conversas em geral, com extrema rispidez, mesmo porque sinto um enorme incômodo em ser confundido com um preconceituoso quando faço alguma crítica a ele ou ao seu governo. Os poucos leitores que este blog coleciona são testemunhas do quanto tenho criticado o governo petista. Por causa disto já fui chamado de conservador, de direitista, de babaca, ora aqui, ora ao vivo. Até aí, tudo bem. Já me chamaram de tanta coisa na vida, sem que eu fosse (embora algumas eu tenha sido mesmo), que não é isso o que mais importa. O que me importa é que a carga de preconceito que cai sobre os ombros do nosso presidente faz com que todos que achem acertado criticá-lo, acabem sendo juntados num mesmo balaio, com gatos de bandos distintos.
Sigo, entretanto, firme em minha convicção de que a crítica é a ferramenta mais eficaz na depuração de problemas e não posso abrir mão da liberdade de fazê-la. Vou continuar buscando esta depuração, mesmo porque, acredito que isso seja mais importante do que os eventuais rótulos que me coloquem no peito.