Na sede de ler livros de
história e política, acabo, displicentemente, lendo menos livros de ficção e
literatura do que eu deveria. Se com os livros de história e política eu
obtenho informação, fundamental para eu entender melhor o mundo, é a literatura
que me provoca as reflexões necessárias para que eu possa entender a mim mesmo.
Após terminar de ler
1822, o segundo da trilogia do Laurentino Gomes, resolvi ler ficção e fui
procurar algo na estante. Eu poderia optar por algum do Moacyr Scliar ou do
Cony, apostando, portanto, que iria me satisfazer. Queria, entretanto, alguma
coisa nova pra mim, um autor que eu não conhecesse, queria assumir algum risco.
Escolhi A Suavidade do Vento, de
Cristóvão Tezza.
Diferentemente do
Moacyr Scliar ou do Cony, em que os primeiros parágrafos já costumam me
enfeitiçar, o texto de Cristóvão Tezza demorou para engrenar e me conquistar. O
lado positivo desta característica, porém, é que a conquista foi acontecendo
aos poucos e, no ápice, me ganhou por completo.
O livro trata,
sobretudo, de como temos, todos nós, que lidar, diariamente com nossos monstros,
bichos criados por nós mesmos e o quanto é importante, mais do que tentar matá-los
(tarefa impossível), aprender a conviver com eles.
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