Pegar dois atores que desejam trabalhar juntos pela percepção mútua de que têm uma boa empatia e, a partir disso, fazer um filme para satisfazer este desejo, pode parecer uma idéia esdrúxula. Pois foi exatamente o que aconteceu com o filme Tinha que ser você, tradução infeliz que o distribuidor brasileiro encontrou para Last chance Harvey, segundo filme do diretor Joel Hopkins. Assistindo ao making off contido nos extras do DVD, é ele próprio quem dá a entender que seu trabalho foi coadjuvante. O filme e o roteiro foram feitos para saciar a vontade de Dustin Hoffman e Emma Thompson de trabalharem juntos. Dessa forma, a história poderia ser qualquer uma, isso não importa muito, já que a idéia era que ela servisse de meada para que estes excelentes atores expusessem, cada um, seu fio. O mais interessante é que eles nem parecem estar atuando. Parecem estar vivendo suas vidas, normais e medíocres, como afinal, todas as vidas são.
O enredo trata do amor maduro, e de como ele pode ser construído a partir de uma paixão. Estamos acostumados ao amor e à paixão das pessoas jovens. Somos bombardeados, diariamente, pelo cinema e pela televisão, com casais bonitos e sarados se apaixonando e se amando nos filmes, seriados e novelas. Os feios, os gordos e, sobretudo, os velhos, não amam e muito menos se apaixonam no mundo retratado pela arte de massa. E quando o fazem, é de uma maneira contida ou caricata.
Neste filme a coisa é tratada com mais naturalidade, como realmente pode acontecer na vida real, a vida mediana que todos nós levamos. Esta naturalidade se deve muito às atuações de Dustin e Emma, dois atores acima da média.
O enredo trata do amor maduro, e de como ele pode ser construído a partir de uma paixão. Estamos acostumados ao amor e à paixão das pessoas jovens. Somos bombardeados, diariamente, pelo cinema e pela televisão, com casais bonitos e sarados se apaixonando e se amando nos filmes, seriados e novelas. Os feios, os gordos e, sobretudo, os velhos, não amam e muito menos se apaixonam no mundo retratado pela arte de massa. E quando o fazem, é de uma maneira contida ou caricata.
Neste filme a coisa é tratada com mais naturalidade, como realmente pode acontecer na vida real, a vida mediana que todos nós levamos. Esta naturalidade se deve muito às atuações de Dustin e Emma, dois atores acima da média.
3 comentários:
Oi, Arnaldo! Realmente tanto o cinema quanto a televisão tratam o amor e a paixão como propriedade dos jovens e bonitos, mas nunca de pessoas comuns como a maior parte dos telespectadores. Na maioria dos programas, pessoas mais velhas só se setem vivas e apaixonadas quando o parceiro é bem mais jovem, ou seja, a juventude ainda é o depositório do amor, da paixão, da felicidade e da própria vida. Isso é tão cruel...
Verei esse filme!
Ótima pedida mesmo! Um filme que trata de um amor real e maduro, sobretudo. Daqueles que agem pelo que realmente importa e é importante.
O real está, de fato, cada vez mais longe das telas...
Mas, por outro lado, há muitas pessoas que buscam o tipo "irreal". Substituição da vida diária? Falta de coragem de enfrentar a vida real?
Abração, Arnaldo!
Arnaldo, Dustin Hoffman e Emma Thompson como um casal parece irresistível, ainda que improvável! sou apaixonada pelos dois, e os considero bonitos e sexy. honestamente. e o que é a vida senão os altos e baixos de amores e relacionamentos, em todas as idades?
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