O cinema e a TV, em sua
dramaturgia, têm, historicamente, duas formas de tratar pessoas com
necessidades especiais. Aliás, nem sei se este é o termo mais adequado, mais
politicamente correto. Aqui, neste site,
tem uma receita de bolo, mas já deve estar desatualizada, já que é de 2014.
Confesso que não dou conta desta evolução semântica.
Mas, voltando ao que
interessa, no cinema e na TV estas pessoas são retratadas, tradicionalmente, ou
de forma caricata e debochada ou, então, de forma melodramática e piegas.
Uma exceção a esta
regra é a série Atypical, exibida pelo Netflix, já em sua segunda temporada.
Ao retratar a família e
os colegas do protagonista, um adolescente com autismo (não sei, ao certo,
precisar o grau), mostra estas duas formas erradas de se relacionar com ele, a debochada
e a piegas, pelos colegas da escola e pela família, respectivamente.
As exceções a esta
dualidade estão representadas pelas personagens de sua irmã e de seu colega de
trabalho que procuram tratá-lo, no limite do possível, como uma pessoa
absolutamente normal.
A série mostra o
cotidiano do protagonista e de seu entorno com bastante leveza, sem deixar de
mostrar as dificuldades e os dissabores de todos que gravitam ao seu redor.
Enfim, é uma série que
eu recomento fortemente.
2 comentários:
Estou assistindo esta série com dois olhares. O primeiro, olhar profissional, por atender em meu consultório, como psicopedagoga, um menino altista que tem muita semelhança física e também comportamental com o protagonista. O segundo, por gostar de séries que retratam a vida como ela é. Estou gostando !
Acredito que todos nós temos necessidades especiais e que todos, ao seu jeito, são normais ou não !
Sempre que vejo situações como esta penso que o problema está nos olhos de quem vê e não na pessoa em si! A vida poderia ser mais simples se as pessoas aceitassem as diferenças .
* autista
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