Livros, música, cinema, política, comida boa. Isso tudo e mais um montão de tranqueiras dentro de um baú aberto.

terça-feira, 3 de março de 2009

O que é certo e o que é direito

Muitas vezes temos que enfrentar o conflito entre fazer o que é certo e o que é direito. Fazer aquilo em que, sinceramente, acreditamos ou aquilo que se espera da gente. E o que isso traz de bom é o exercício do auto questionamento.

É sobre isso, fundamentalmente, que trata o filme O Leitor, de Stephen Daldry. O ponto alto do filme é a presença de Kate Winslet , uma atriz que melhora no mesmo compasso em que amadurece. Estou falando tanto seu talento quanto de sua beleza. Apesar de ter participado de algumas bobagens como Titanic ou Em busca da terra do nunca, teve participações exuberantes em Contos proibidos do Marques de Sade ou Pecados íntimos. Nestas oportunidades, soube exibir um magnífico misto de talento e sensualidade.
O que mais me seduz em Kate Winslet é seu corpo honesto de mulher real. Ela exibe sua nudez com a dignidade de quem não tem nada para esconder. E não faz isso baseada em curvas perfeitas, mas em curvas verdadeiras. Com isso, sua imagem é muito mais convincente do que qualquer Lolita perfeita dos tempos de hoje. E, por isso mesmo, muito mais excitante.

Como tudo tem um ponto de equilíbrio, o filme conta, também, com a participação de Ralph Fiennes, desfilando sua sengracice crônica e desempenhando o mesmo papel de sempre. O mesmo sonso que já aparecera no interminável O Paciente inglês ou no tolerável O jardineiro fiel.
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Mas nem uma nem outro é o que se tira de melhor deste filme. O melhor é justamente a reflexão que ele provoca, já durante a exibição. O conflito interior, a dúvida de como se deve agir, a tentação de não se fazer o que é certo pra se fazer o que é direito. E, de uma maneira sutil, o filme mostra o protagonista indo na direção certa, tomando a decisão mais verdadeira. A decisão baseada no respeito e no amor ao ser humano. Como toda decisão deveria ser tomada.

7 comentários:

Diego Moreira disse...

Pra mim, Kate é excitante por que nos permite crer que é uma namorada possível e não uma daquelas mulheres que só em revista ou na TV.

Abraço!

Romanzeira disse...

Ola! Gostei muito desse pequeno texto sobre "O leitor". Assisti o filme ontem e ainda estou pensando nele. Concordo contigo, Kate Winslet está cada vez melhor, e é bonita mesmo, não a beleza de uma Angelina Jolie, mas a beleza de mulheres normais. Minha alma está lavada pois a ditadura das beldades enche o saco! rs... É muito chato ir ao cinema e só ver representaçõe femininas ideais, faz a gente, mulheres normais, se sentir uma ameba! rs...
E realmente, Ralph Fines é chato pra caramba, insosso, sem vontade, cansativo.
Apesar disso, o filme é muito bonito.
P.s.: O Jardineiro Fiel é tolerável?! Que injustiça!rs..

Eli Carlos Vieira disse...

O Oscar a ela dado por essa interpretação foi merecida mesmo, apesar de eu não achar a melhor opção como filme, entre os demais indicados.
A atuação limpa e única está em tudo, no jeito de andar, de olhar, na maturidade, diante da mocidade do garoto leitor.
Se bem que gostei bastante dela também em "Foi apenas um sonho".
É interessante mesmo ver diferenças em interpretações, de um filme para o outro.

Mas...é ainda surpresa, notar que filme após filme, atores como Fiennes mostram que nada podem dar a mais para surpreender ou emocionar. Nem em "A Duquesa", que é belíssimo e intrigante, o duque Fiennes não passa nada de novo...

Abração, Arnaldo!

Vanessa Dantas disse...

Kate Winslet está linda com suas estrias e seios levemente caídos. Mulherão! A interpretação dela é ótima e o filme mediano - um passatempo e só.

beijo.

Anônimo disse...

Quanto à Kate, tenho a mesma opinião que você... ela tem uma beleza feminina natural, sem muita maquiagem sabe? daquela mulher q acorda com a cara amassada, o cabelo todo em pé, e mesmo assim ainda dá vontade de pegar no colo e beijar logo de manhã...

Fica a sugestão pro filme, assim que puder vou assistir.

Abraço.

Valéria Martins disse...

Oi, Arnaldo. Ainda não vi esse filme, foi o único da leva do Oscar que não vi. Até agora, o que mais gostei foi "O lutador".

Mas vi "Revolutionary Road", com a Winslet e o Di Caprio. Bom, mas uma pancada. E põe lente de aumento nas já comentadas diferenças entre homens e mulheres. Quem nunca se casou sai do filme disposto a nunca o fazer. E quem já se separou há tempo suficiente, como eu, sai do cinema com alívio: Ufa! Estou curada!

Obrigada pelo comentário, mas quem sou eu para falar de diferenças... Não tive a intenção de ressaltá-las. Só observei que, mesmo quando as mulheres saem a fim de "sexo selvagem", no dia seguinte querem que o homem ligue. E, na maioria das vezes, em situações como essa, eles não aparecem mais.

Abraço,

Sâmia disse...

Apesar da atuação da bela moça e de mais uma aparição do maravilhoso Ralph Fiennes (sim, eu amo esse homem, desde Dragão Vermelho - aquele da historinha d'O Silêncio dos Inocentes) achei um filme sem graça. O roteiro é um tanto problemático, a história só engrena da metade em diante, quando começa o julgamento.
Mas no quesito apelo sentimental o filme é nota 10: me debulhei em lágrimas como há muito tempo não acontecia.