Em seu editorial de domingo, sob o título: “Todo poder tem limite”, a Folha de São Paulo reclama o direito de criticar o governo Lula e declara que procura manter uma orientação de independência, pluralidade e apartidarismo editoriais.
Quanto à primeira reclamação, sou solidário ao jornal, já que, eu também venho criticando, sistematicamente, alguns aspectos do governo Lula, embora por razões opostas às da Folha e, por causa disto, já fui tachado até de direitista. Mas insisto em minha defesa no direito de criticar o governo, sempre que ache apropriado, mesmo que isto contrarie a opinião da maioria. Uma maioria que vai votar em Dilma (como eu vou) e que vai votar em Tiririca, em Netinho e em Alckmin (como eu não vou).
A segunda declaração do editorial é uma mentira. A Folha não é independente, nem plural e muito menos apartidária. Suas reportagens e os textos escritos por seus colunistas são absolutamente tendenciosos. Antes que me interpretem mal, devo declarar que acho absolutamente lícito que um jornal assuma sua preferência na disputa eleitoral. A revista Carta Capital, por exemplo, declara com todas as letras, que apóia a candidatura de Dilma Rousseff e, em minha opinião, esta é uma posição mais honesta. A honestidade da revista, entretanto, não impede que eu me incomode com seu jornalismo “chapa branca”. Acho que a imprensa tem a obrigação de criticar, muito mais do que a de elogiar o governo (qualquer governo).
Na mesma linha da Folha, seguem as outras revistas semanais, com destaque para a Veja, que é a que mais escancaradamente imprime reportagens e notícias tendenciosas em suas páginas. Talvez, se a Veja conseguisse ser mais sutil, conseguiria ser mais eficiente no objetivo de dificultar a eleição de Dilma, mas sua atuação é tão escandalosamente anti-Dilma que isto acaba arranhando sua credibilidade. A Veja é a revista da classe média e a classe média vai eleger Dilma, assim como ajudou a eleger Lula, há 8 e há 4 anos. Isso é a maior prova de que sua estratégia não funciona.
Ainda na mesma toada, temos a Rede Globo, embora seja sua prática mudar de lado no momento em que percebe que não tem mais jeito e, ainda, consegue posar de aliada. Aconteceu isso no episódio do movimento das diretas já, aconteceu isso na derrocada de Collor e aconteceu o mesmo na primeira eleição de Lula que, logo após a sua posse, deu uma longa entrevista exclusiva às câmeras da emissora.
Assim como não acho que Lula seja um messias e nem considero Dilma a mãezona que os marqueteiros do partido tentam impingir ao eleitorado menos esclarecido. Assim como não acredito nas promessas desesperadas de Serra para conseguir chegar ao segundo turno, como não me encanta o discurso insosso de Marina, como me arrepia o papel patético de Plínio de Arruda Sampaio. Assim como nada disso me seduz e como não idolatro nenhum personagem desta novela, também não alimento ilusões a respeito de imprensa independente ou imparcial. O máximo com que eu poderia sonhar é com uma imprensa honesta, mas nem isso me parece realista. Na verdade, nada disso existe.
Quanto à primeira reclamação, sou solidário ao jornal, já que, eu também venho criticando, sistematicamente, alguns aspectos do governo Lula, embora por razões opostas às da Folha e, por causa disto, já fui tachado até de direitista. Mas insisto em minha defesa no direito de criticar o governo, sempre que ache apropriado, mesmo que isto contrarie a opinião da maioria. Uma maioria que vai votar em Dilma (como eu vou) e que vai votar em Tiririca, em Netinho e em Alckmin (como eu não vou).
A segunda declaração do editorial é uma mentira. A Folha não é independente, nem plural e muito menos apartidária. Suas reportagens e os textos escritos por seus colunistas são absolutamente tendenciosos. Antes que me interpretem mal, devo declarar que acho absolutamente lícito que um jornal assuma sua preferência na disputa eleitoral. A revista Carta Capital, por exemplo, declara com todas as letras, que apóia a candidatura de Dilma Rousseff e, em minha opinião, esta é uma posição mais honesta. A honestidade da revista, entretanto, não impede que eu me incomode com seu jornalismo “chapa branca”. Acho que a imprensa tem a obrigação de criticar, muito mais do que a de elogiar o governo (qualquer governo).
Na mesma linha da Folha, seguem as outras revistas semanais, com destaque para a Veja, que é a que mais escancaradamente imprime reportagens e notícias tendenciosas em suas páginas. Talvez, se a Veja conseguisse ser mais sutil, conseguiria ser mais eficiente no objetivo de dificultar a eleição de Dilma, mas sua atuação é tão escandalosamente anti-Dilma que isto acaba arranhando sua credibilidade. A Veja é a revista da classe média e a classe média vai eleger Dilma, assim como ajudou a eleger Lula, há 8 e há 4 anos. Isso é a maior prova de que sua estratégia não funciona.
Ainda na mesma toada, temos a Rede Globo, embora seja sua prática mudar de lado no momento em que percebe que não tem mais jeito e, ainda, consegue posar de aliada. Aconteceu isso no episódio do movimento das diretas já, aconteceu isso na derrocada de Collor e aconteceu o mesmo na primeira eleição de Lula que, logo após a sua posse, deu uma longa entrevista exclusiva às câmeras da emissora.
Assim como não acho que Lula seja um messias e nem considero Dilma a mãezona que os marqueteiros do partido tentam impingir ao eleitorado menos esclarecido. Assim como não acredito nas promessas desesperadas de Serra para conseguir chegar ao segundo turno, como não me encanta o discurso insosso de Marina, como me arrepia o papel patético de Plínio de Arruda Sampaio. Assim como nada disso me seduz e como não idolatro nenhum personagem desta novela, também não alimento ilusões a respeito de imprensa independente ou imparcial. O máximo com que eu poderia sonhar é com uma imprensa honesta, mas nem isso me parece realista. Na verdade, nada disso existe.