Eu tinha 17 ou 18 anos quando li Rua dos Artistas e Arredores, do Aldir Blanc. E lembro-me que fiquei embasbacado com o texto de quem eu já admirava (pra não dizer que idolatrava) como letrista dos sambas do João Bosco. O livro era uma coletânea de textos que ele escrevera no Pasquim naquela década.
Antes de se mudar para o Estácio, aos doze anos, Aldir morou em Vila Isabel, na Rua dos Artistas, de onde tira personagens da memória e da imaginação para nos mostrar um mundo visto por olhos de criança. Personagens como seus avós, Seu Aguiar e Dona Noêmia, além do Penteado (tremendo gozador), Lindauro (boçal, mas de bom coração), Ceceu Rico (que não gostava de festa), Esmeraldo (simpatia-é-quase-amor) entre muitos outros. São crônicas hilariantes que fazem qualquer um lembrar de seu bairro e de sua família.
Emprestei o livro pra meio mundo e surpreendentemente ele sempre voltou pras minhas mãos, embora cada vez num estado mais deplorável. Hoje ele está em petição de miséria.
Pois este livro, juntamente com outro chamado Porta de Tinturaria, além de crônicas esparsas publicadas na revista Bundas e no Jornal do Brasil, tudo isso junto, foi agora editado num só volume chamado Rua dos Artistas e transversais. Comprei o livro ansioso, já contando com uma outra emoção causada por novas crônicas com aqueles personagens. Pensei em pular a parte que eu lera há quase 30 anos, mas não resisti. Reli os textos de Rua dos Artistas com o mesmo prazer de outrora (se não maior) e continuei nos textos inéditos pra mim.
Saí, com a convicção reforçada de que poucos textos me causam tanta alegria quanto os de Aldir Blanc. Seja em suas crônicas, seja em suas letras de música.
Antes de se mudar para o Estácio, aos doze anos, Aldir morou em Vila Isabel, na Rua dos Artistas, de onde tira personagens da memória e da imaginação para nos mostrar um mundo visto por olhos de criança. Personagens como seus avós, Seu Aguiar e Dona Noêmia, além do Penteado (tremendo gozador), Lindauro (boçal, mas de bom coração), Ceceu Rico (que não gostava de festa), Esmeraldo (simpatia-é-quase-amor) entre muitos outros. São crônicas hilariantes que fazem qualquer um lembrar de seu bairro e de sua família.
Emprestei o livro pra meio mundo e surpreendentemente ele sempre voltou pras minhas mãos, embora cada vez num estado mais deplorável. Hoje ele está em petição de miséria.
Pois este livro, juntamente com outro chamado Porta de Tinturaria, além de crônicas esparsas publicadas na revista Bundas e no Jornal do Brasil, tudo isso junto, foi agora editado num só volume chamado Rua dos Artistas e transversais. Comprei o livro ansioso, já contando com uma outra emoção causada por novas crônicas com aqueles personagens. Pensei em pular a parte que eu lera há quase 30 anos, mas não resisti. Reli os textos de Rua dos Artistas com o mesmo prazer de outrora (se não maior) e continuei nos textos inéditos pra mim.
Saí, com a convicção reforçada de que poucos textos me causam tanta alegria quanto os de Aldir Blanc. Seja em suas crônicas, seja em suas letras de música.
3 comentários:
Arnaldo,
Bacana! O Aldir Blanc é realmente um monstro!
Capacidade rara pra escrever e compor.
Tenho a felicidade de morar a uns 300 metros da casa desse cara e beber no mesmo bar que ele!
Abraço!
Arnaldo, colocar a musica no post dá um toque todo especial.
Rapaz, eu também tinha o Rua dos Artistas e arredores. Era uma edição do Círculo do Livro. Digo tinha porque, como você, eu também o emprestava. Só que um dia ele não voltou. Eu me ressinto dessa perda, mas é bom saber que ele foi relançado, revisto e ampliado.
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