Depois de fundar a Mangueira e de compor sambas importantes, o compositor Cartola sumiu do mapa. Ficou desaparecido, por quase dez anos, até que o escritor e jornalista Sérgio Porto o encontrou trabalhando como lavador de carros e tratou de resgatá-lo, trazendo-o de volta, exclusivamente, ao mundo do samba.
Só por isso, Sérgio Porto já mereceria um lugar de destaque na história da cultura brasileira. Mas Sérgio Porto foi muito mais do que isso. E foi muito mais sendo mais que um. Foi Sérgio Porto e foi Stanislaw Ponte Preta, um pseudônimo que inventou pra si, inspirado no personagem Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade.
Li muito o Stanislaw quando era jovem. Tia Zulmira e eu me encantou por seu humor ferino. Mas foi com o Febeapá – Festival de besteiras que assolam o país, livro lançado em plena vigência da ditadura, que eu mais vibrei, por mostrar-se tão corajoso e crítico, sem deixar de ser divertido.
Apesar de ter gostado de ler Stanislaw Ponte Preta, nunca tinha lido Sérgio Porto. Falando assim, até parece que eram duas pessoas. É que, sendo um só, ambos foram tão importantes, que parece até natural tratar a coisa assim.
Pois acaba de ser relançado o livro As Cariocas, cuja edição original é de 1967. São pequenas histórias abordando seis personagens femininas e seus respectivos bairros cariocas. Em seu auto-retrato ele definiu a mulher como sua maior motivação. E sendo carioca até as últimas conseqüências, retratar a mullher do Rio de Janeiro foi, pra ele, uma confortável tarefa. E é falando sobre A Grã-Fina de Copacabana, A Noiva do Catete, A Donzela da Televisão, A Currada de Madureira, A Desquitada da Tijuca e A Desinibida do Grajaú que ele destila humor, crítica e sensualidade até dizer chega.
Apesar de terem 40 anos, temos a impressão que estamos lendo histórias do Rio de Janeiro de agora. A malandragem, o gingado feminino, a truculência da polícia. Tudo igual aos dias de hoje.
A nova edição traz um prefácio de Aldir Blanc, mas traz, também, o prefácio da primeira edição, de Jorge Amado. Só por isso, já valeria o investimento. Mas é na leitura das 6 histórias que a gente se esvai em prazer. Puro prazer.
Só por isso, Sérgio Porto já mereceria um lugar de destaque na história da cultura brasileira. Mas Sérgio Porto foi muito mais do que isso. E foi muito mais sendo mais que um. Foi Sérgio Porto e foi Stanislaw Ponte Preta, um pseudônimo que inventou pra si, inspirado no personagem Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade.
Li muito o Stanislaw quando era jovem. Tia Zulmira e eu me encantou por seu humor ferino. Mas foi com o Febeapá – Festival de besteiras que assolam o país, livro lançado em plena vigência da ditadura, que eu mais vibrei, por mostrar-se tão corajoso e crítico, sem deixar de ser divertido.
Apesar de ter gostado de ler Stanislaw Ponte Preta, nunca tinha lido Sérgio Porto. Falando assim, até parece que eram duas pessoas. É que, sendo um só, ambos foram tão importantes, que parece até natural tratar a coisa assim.
Pois acaba de ser relançado o livro As Cariocas, cuja edição original é de 1967. São pequenas histórias abordando seis personagens femininas e seus respectivos bairros cariocas. Em seu auto-retrato ele definiu a mulher como sua maior motivação. E sendo carioca até as últimas conseqüências, retratar a mullher do Rio de Janeiro foi, pra ele, uma confortável tarefa. E é falando sobre A Grã-Fina de Copacabana, A Noiva do Catete, A Donzela da Televisão, A Currada de Madureira, A Desquitada da Tijuca e A Desinibida do Grajaú que ele destila humor, crítica e sensualidade até dizer chega.
Apesar de terem 40 anos, temos a impressão que estamos lendo histórias do Rio de Janeiro de agora. A malandragem, o gingado feminino, a truculência da polícia. Tudo igual aos dias de hoje.
A nova edição traz um prefácio de Aldir Blanc, mas traz, também, o prefácio da primeira edição, de Jorge Amado. Só por isso, já valeria o investimento. Mas é na leitura das 6 histórias que a gente se esvai em prazer. Puro prazer.
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