Samba combina com batucada. Mas o que eu gosto mesmo é de ouvir alguém cantando samba acompanhando apenas pelo violão. Melhor ainda se forem dois, um de seis e um de sete cordas. Aí, a combinação fica perfeita. Pois é exatamente isto que se ouve no CD O violão e o samba, com a cantora Dorina e Claudio Jorge e Carlinhos nos violões de seis e sete cordas, respectivamente.
Dorina é uma cantora sem nenhuma afetação. Não é como essas que andam surgindo por aí, acompanhadas de grandes jogadas de marketing, de grandes esquemas de divulgação, tentando tirar uma lasquinha da enorme popularidade que o samba tem na nossa terra. Dorina não toca no rádio e nem nas novelas. Dorina não entra no esquema do jabá, tão difundido em nossa mídia. Mas é uma cantora com a voz límpida, forte e clara. É daquelas cantoras forjadas em rodas de samba, na origem, na raiz.
Cláudio Jorge já pode ser considerado um bamba. É parceiro de sambistas de primeira como João Nogueira, Luiz Carlos da Vila, Wilson da Neves e Nei Lopes. Ou seja, o cara está sempre muito bem acompanhado. Tem qualidade cantando, compondo e tocando seu violão, aqui, neste disco, junto de Carlinhos 7 cordas.
O repertório do disco é um primor. Tem Nei Lopes, Baden e Paulo Cesar Pinheiro, Moacyr Luz e Martinho, Arlindo Cruz e Sombrinha. Tem Sidney Miller, Bide e Marçal, Candeia, Cartola, Chico Buarque. E tem, ainda, o samba que eu mais gosto de Paulinho da Viola.
Enfim, um disco de samba como o samba deve ser ouvido
Dorina é uma cantora sem nenhuma afetação. Não é como essas que andam surgindo por aí, acompanhadas de grandes jogadas de marketing, de grandes esquemas de divulgação, tentando tirar uma lasquinha da enorme popularidade que o samba tem na nossa terra. Dorina não toca no rádio e nem nas novelas. Dorina não entra no esquema do jabá, tão difundido em nossa mídia. Mas é uma cantora com a voz límpida, forte e clara. É daquelas cantoras forjadas em rodas de samba, na origem, na raiz.
Cláudio Jorge já pode ser considerado um bamba. É parceiro de sambistas de primeira como João Nogueira, Luiz Carlos da Vila, Wilson da Neves e Nei Lopes. Ou seja, o cara está sempre muito bem acompanhado. Tem qualidade cantando, compondo e tocando seu violão, aqui, neste disco, junto de Carlinhos 7 cordas.
O repertório do disco é um primor. Tem Nei Lopes, Baden e Paulo Cesar Pinheiro, Moacyr Luz e Martinho, Arlindo Cruz e Sombrinha. Tem Sidney Miller, Bide e Marçal, Candeia, Cartola, Chico Buarque. E tem, ainda, o samba que eu mais gosto de Paulinho da Viola.
Enfim, um disco de samba como o samba deve ser ouvido
3 comentários:
Sabe, hoje vi o filho de João Nogueira cantando com Marcelo D2 na tv. Lembrei dos discos que, nos anos 70/80, comprava do sambista, com sua cadência original, seu timbre único. Me deu uma tristeza ver o filho "reinventando" o repertório do pai com batida de hip hop ou coisa parecida! Ruim pra caramba. Mas tô ficando velha, mesmo.
Violão é instrumento que parece fácil, mas exige muito talento e sensibilidade. Tanto que tentei aprender e não consegui hehehehe
Arnaldo, gosto muito da batucada, mas eu, que sou violeiro, também curto os trabalhos desse tipo. A Dorina, realmente é fantástica, além de ser uma simpatia. Estive com ela no aniversário do Nei Lopes, realizado em 12 de maio do ano passado, no Lote do velho, em Seropédica.
Quanto ao Diogo Nogueira, comentado pela Maristela aí em cima, o garoto é dos bons, e está sempre lá no Irajá junto ao filho de outro monstro da nossa música, o Marcel Powell, filho de você sabe quem...
A juventude, às vezes, se empolga com uns troços errados. Esse D2 é um aproveitador. Se até o Zeca, o Wilson das Neves e o Arlindo Cruz já cairam no erro de se juntar com esse malandro, o Diogo é o menos culpado. Mas que essa mistura é uma bosta, é mesmo. A Maristela está coberta pelo mais espesso manto da razão.
Abraço!
fazia um tempo que não vinha aqui e encontrei muitos textos ótimos, músicas ainda melhores e ótimas dicas, como sempre!
adoro violão! um dia ainda aprendo a tocar , um dos meus sonhos...
já ia esquecendo, feliz 2008!
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