Livros, música, cinema, política, comida boa. Isso tudo e mais um montão de tranqueiras dentro de um baú aberto.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Lidando com os monstros

Na sede de ler livros de história e política, acabo, displicentemente, lendo menos livros de ficção e literatura do que eu deveria. Se com os livros de história e política eu obtenho informação, fundamental para eu entender melhor o mundo, é a literatura que me provoca as reflexões necessárias para que eu possa entender a mim mesmo.

Após terminar de ler 1822, o segundo da trilogia do Laurentino Gomes, resolvi ler ficção e fui procurar algo na estante. Eu poderia optar por algum do Moacyr Scliar ou do Cony, apostando, portanto, que iria me satisfazer. Queria, entretanto, alguma coisa nova pra mim, um autor que eu não conhecesse, queria assumir algum risco. Escolhi A Suavidade do Vento, de Cristóvão Tezza.

Diferentemente do Moacyr Scliar ou do Cony, em que os primeiros parágrafos já costumam me enfeitiçar, o texto de Cristóvão Tezza demorou para engrenar e me conquistar. O lado positivo desta característica, porém, é que a conquista foi acontecendo aos poucos e, no ápice, me ganhou por completo.

O livro trata, sobretudo, de como temos, todos nós, que lidar, diariamente com nossos monstros, bichos criados por nós mesmos e o quanto é importante, mais do que tentar matá-los (tarefa impossível), aprender a conviver com eles.

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