Há alguns compositores que têm um estilo tão típico que não é preciso olhar no encarte de um disco pra descobrir que uma música desconhecida foi feita por um deles. Não é uma questão de de falta de criatividade ou simplismo. Muito pelo contrário. Alguns são músicos muito criativos e especiais, capazes de cometer obras muito complexas e bonitas. É o caso de compositores como Ivan Lins, Francis Hime ou Guilherme Arantes. Suas canções têm uma marca, uma assinatura tão forte que é muito fácil identificar sua autoria.
E este é o caso também de Guinga. Longe de ser simples, sua música é tão bonita quanto complexa. Tão complexa que na turnê que fez para divulgar o CD As cidades, a única canção do disco que Chico Buarque não incluiu no roteiro foi Você, Você, sua primeira parceria com Guinga, pois ele não era capaz de se acompanhar ao violão, tamanha a complexidade daquela harmonia.
Quando comprei o primeiro disco solo do Guinga, Delírio Carioca, todo com canções em parceria com Aldir Blanc, fiquei tão incomodado com sua maneira de cantar que devolvi o CD na loja. Depois disso, comprei Simples e Absurdo, com vários cantores e Catavento e Girassol da Leila Pinheiro, ambos com canções da mesma parceria. Morri de arrependimento de ter devolvido aquele disco e só consegui consertar essa burrada no ano passado, quando o CD foi relançado.
E agora, acaba de sair Casa de Villa, belíssimo como todos os seus outros CDs. Mesclando composições instrumentais com canções em parcerias diversas, este disco traz uma evolução em relação aos anteriores por soltar-se do violão e aventurar-se também por outros instrumentos.
No CD há uma canção antiga da qual eu gosto muito, Porto de Araújo, parceria com Paulo César Pinheiro que foi gravada, pela excelente cantora Simone Guimarães. Esta canção já havia sido gravada pela Miucha, num disco de 1988.
Em seu blog, Bruno Ribeiro mostra trechos de uma entrevista que fez com Guinga em São Paulo e o chama de gênio. Isso não é nenhum exagero do Bruno.
Em tempo: O site Goear não está mais funcionando como antes. Não sei o que houve. Por isso, pra ouvir as músicas lincadas nos posts anteriores, é necessário clicar no quadrinho que aparece na tela (mais de uma vez). E nestes novos posts, é necessário clicar nos links do texto.
E este é o caso também de Guinga. Longe de ser simples, sua música é tão bonita quanto complexa. Tão complexa que na turnê que fez para divulgar o CD As cidades, a única canção do disco que Chico Buarque não incluiu no roteiro foi Você, Você, sua primeira parceria com Guinga, pois ele não era capaz de se acompanhar ao violão, tamanha a complexidade daquela harmonia.
Quando comprei o primeiro disco solo do Guinga, Delírio Carioca, todo com canções em parceria com Aldir Blanc, fiquei tão incomodado com sua maneira de cantar que devolvi o CD na loja. Depois disso, comprei Simples e Absurdo, com vários cantores e Catavento e Girassol da Leila Pinheiro, ambos com canções da mesma parceria. Morri de arrependimento de ter devolvido aquele disco e só consegui consertar essa burrada no ano passado, quando o CD foi relançado.
E agora, acaba de sair Casa de Villa, belíssimo como todos os seus outros CDs. Mesclando composições instrumentais com canções em parcerias diversas, este disco traz uma evolução em relação aos anteriores por soltar-se do violão e aventurar-se também por outros instrumentos.
No CD há uma canção antiga da qual eu gosto muito, Porto de Araújo, parceria com Paulo César Pinheiro que foi gravada, pela excelente cantora Simone Guimarães. Esta canção já havia sido gravada pela Miucha, num disco de 1988.
Em seu blog, Bruno Ribeiro mostra trechos de uma entrevista que fez com Guinga em São Paulo e o chama de gênio. Isso não é nenhum exagero do Bruno.
Em tempo: O site Goear não está mais funcionando como antes. Não sei o que houve. Por isso, pra ouvir as músicas lincadas nos posts anteriores, é necessário clicar no quadrinho que aparece na tela (mais de uma vez). E nestes novos posts, é necessário clicar nos links do texto.
9 comentários:
Arnaldo: obrigado pela citação mais uma vez. A GoEar acabou com a nossa graça. Não me conformo! E assino embaixo tudo o que você disse sobre o Guinga. Mas... Guilherme Arantes?!? Não é exagero seu, não??? ;-)
Abração!
Pois é, Bruno. Nem acho o Guilherme Arantes tão ruim assim, mas, efetivamente, ele não poderia estar nessa lista. Não junto com esses caras. Mas ele entrou mais pela característica de ser facilmente identificável do que por uma comparação de qualidade. Aliás, nesse ponto, acho que nem mesmo o Ivan Lins poderia ser comparado a Francis Hime.
Em tempo: Não estamos programando nada pro dia 1 de abril. Voc6e pensou em alguma coisa? Podemos agitar alguma idéia lá em casa.
Arnaldo: agora entendi. Realmente Guilherme Arantes tem uma marca sim. Mesmo não merecendo estar entre os grandes. Já Francis Hime acho controverso. Francis às vezes se confunde com Chico Buarque, na minha opinião.
Quanto ao dia Primeiro: estou pensando na paella, feita pelo André, ex-dono do Gioconda. Ele é um expert no assunto e disse que topa. Chamamos um time bacana e rachamos a conta. Apesar de parecer um prato caro, no final sai barato pra todo mundo. Vamos pensar nisso?
abç
Eu adoro essa idéia!
Boa noite Arnaldo,
Hoje lí um pouco seus posts, meio com atraso... você sabe, é que tô de férias uns míseros dias aqui em Salvador... o hotel tem net free e dei uma surfada breve, já que no mar o meu negócio é só natação, mergulho e vela, surfamos por aqui. Cara, essa da Paella quase deu água na boca. Só não deu porque hoje mandamos uma porção de camarões deliciosos numa barraca da Praia do Forte, e em seguida uma moqueca de Siri catado, que a Edi estava morrendo de saudades de comer... tudo regado à cerveja bem gelada. As crianças que ainda não sabem o que é bom, ficaram nas batatas fritas e biliscaram um ou outro camarão pra experimentar. Devia escrever isso num e-mail, mas é legal mandar um texto aberto assim no meio dos seus posts. Parabéns pelo Blog, tem sempre dicas muito boas. Ops, lembrei algo. Nas suas viagens recentes teve chance de ler a revista Ícaro? (de bordo da Varig). Tem uma reportagem sobre algumas delicias de Buenos Aires, e o tal boteco Desnível. Por sinal, muito elogiado na reportagem. Se não leu, guardei-a pra você. Tem umas fotos de "parrilladas" que você também vai adorar. Abraços.
Alexandre
Você é muito sem vergonha por ficar falando essas coisas e me deixando cheio de vontade e de inveja de você. Isso não se faz, amigo!
Adorei a música Porto de Araújo.
Fiquei com vontade de ouvr todo o cd, vou procurar ;)
Arnaldo, incluiria Wilson Moreira na lista dos melodistas de personalidade marcante.
Difícil não reconhecer as melodias do cara depois de ouvir canções como Okolofé, Canteiro de Obra e outras coisas geniais.
Abraço!
Você devolveu o Delírio Carioca por causa do canto do Guinga? Pois eu gosto muito dele cantando - mais do que ele próprio gosta. Uma vez tive o privilégio de vê-lo tocando a dois metros de distância, no hall do Sesc Pompéia, antes do show da Simone Guimarães. De perto, é mais gênio ainda. Quanto ao Guilherme Arantes, eu gosto bastante de muitas coisas dele, principalmente dos primeiros discos, e algumas dispersas pelos outros. O problema dele é a irregularidade, pois tem outras tantas coisas bem fraquinhas. Eu, por exemplo, adoro uma música chamada Baile de Máscaras.
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