Foi um livro do Carlos Heitor Cony, o Quase Memória, que me reconciliou com a ficção. Foi depois de lê-lo que parei de privilegiar os livros de história e de política e resolvi diversificar mais, escancarando mesmo. Acontece que este livro me comoveu tanto, que nunca consegui a mesma comoção em outros livros dele. O que me encanta, em qualquer texto do Cony, mesmo os mais conservadores, é essa invejável capacidade de lidar com a palavra. Mas como eu já disse, emoção como a que tive com Quase Memória, nunca mais.
Isso já não acontece com Moacyr Scliar. Desde o primeiro livro dele que li, nem me lembro qual foi, encantei-me com seu estilo e a cada novo livro é um renovar do encantamento.
Acabei de ler Os Vendilhões do Templo em que ele nos brinda com 3 diferentes textos, independentes, com narrativas passadas em épocas e lugares muito distintos, todas as 3 envolventes.
Este médico, judeu ateu, que vive namorando com as escrituras do cristianismo pra compor suas narrativas, utiliza com maestria, histórias conhecidas, verdadeiras ou não, pra compor crônicas exuberantes. É o que faz toda segunda feira, na Folha, quando pega uma notícia banal, bem curta, normalmente, e cria, a partir dessa nota, uma obra de ficção, enxuta e completa.
Já nas primeiras palavras de qualquer um de seus livros, como é o caso dos livros do Cony, a gente percebe a facilidade com que nos envolvem. Os dois.
Pois é. Mais um escritor pra eu sentir inveja.
Isso já não acontece com Moacyr Scliar. Desde o primeiro livro dele que li, nem me lembro qual foi, encantei-me com seu estilo e a cada novo livro é um renovar do encantamento.
Acabei de ler Os Vendilhões do Templo em que ele nos brinda com 3 diferentes textos, independentes, com narrativas passadas em épocas e lugares muito distintos, todas as 3 envolventes.
Este médico, judeu ateu, que vive namorando com as escrituras do cristianismo pra compor suas narrativas, utiliza com maestria, histórias conhecidas, verdadeiras ou não, pra compor crônicas exuberantes. É o que faz toda segunda feira, na Folha, quando pega uma notícia banal, bem curta, normalmente, e cria, a partir dessa nota, uma obra de ficção, enxuta e completa.
Já nas primeiras palavras de qualquer um de seus livros, como é o caso dos livros do Cony, a gente percebe a facilidade com que nos envolvem. Os dois.
Pois é. Mais um escritor pra eu sentir inveja.
2 comentários:
Grande Arnaldo,
gosto do Cony e do Sclyar como contistas. Na adolescência, um livro do Sclyar que me marcou foi "O Tio Que Flutuava", se eu achar vou te dar de presente.
Um putabraçco!
ôba! Já estou aguardando, ansioso!
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