Se ficar na casa da gente é bom, ficar na cidade em que a gente se sente bem é prazeroso, sair por aí, andar uns bons quilômetros sem nenhum motivo extraordinário, pode ser, também, uma delícia. Será que vale a pena pegar o carro e viajar 100 Km só pra almoçar num lugar gostoso, comer uma comida boa e voltar? Pra mim vale. E gostamos de fazer isso. Fizemos isso na sexta e no sábado.
Sexta feira, saindo de casa, pegamos a Anhanguera, rumo ao interior. Fomos pra Piracicaba comer peixe à beira do rio. Comer peixe de rio. Comer peixe do Norte.
Ao ar livre, mais de uma dezena de restaurantes simples, bem rústicos, se espalham preguiçosamente à beira do Rio Piracicaba. Sem saber qual deles escolher, fui no palpite de um colega nativo que me recomendou o Dezoito’s, ou Dezoitinho, como alguns o chamam. Me dei bem. Era, de longe, o mais disputado. Estava lotado, mas deu pra pegar uma última mesa. Fosse um sábado ou domingo, tenho certeza que teria que esperar. Comemos costela de tambaqui frita, melhor do que eu havia comido em Manaus. Pedimos também um cuscuz de camarão que chegou à mesa quente, o que me causou surpresa e desconfiança. Estava delicioso. E, como prato principal, uma bela posta de filhote assado. Como é praxe naqueles restaurantes, você é que escolhe o pedaço de peixe que vai querer. Estão todos lá, à disposição da visitação pública, já pré-assados. Escolha feita, ele é pesado e vai pra grelha terminar de ser assado no carvão. Sobrou metade, que trouxemos pra casa, junto com o pirão. Deve estar no freezer.
No dia seguinte, pela mesma estrada, pegamos o rumo contrário. Fomos em direção à capital. Antes de chegar em São Paulo, porém, entramos no rodoanel e depois de cruzar a Castelo Branco e a Raposo Tavares, entramos na Régis Bittencourt e, logo depois, em Embu das Artes. Após uma passeadinha básica pela feira de artesanato & antigüidades & bugigangas, fomos para o restaurante Bar Buenos Aires que de bar não tem nada. O que tem é uma ótima comida argentina. Tocado por Hugo Ibarzabal, fundador do Martin Fierro e do San Telmo (mais conhecido como Rei das Empanadas), ambos na Vila Madalena, o Bar Buenos Aires tem uma comida acima da média dos restaurantes argentinos da cidade, apesar de hoje serem tantos. A empanada é um caso à parte. Nem em Buenos Aires, apesar de intensa busca, comemos melhor. Uma experiência especial é ser atendido por sua mulher, Alejandra, uma Salteña que já virou brasileña. Até gíria ela fala, com muita propriedade.
Enfim, dois lugares que merecem o gasto de alguns litros de gasolina.
5 comentários:
Por isso é que é sempre delicioso visitar seu espaço... fiquei com água na boca!
*
100km pra comer bem?
barbada, sem problema.
comer comida bem feita em lugar diferenciado é programão que vale qualquer gasolina.
*
Arnaldo,
Fui a um restaurante em Piracicaba no Mirante, quando o Ricardo meu filho ainda dormia na cestinha, tinha apenas 7 dias, comemos uma peixada, que jamais esquecí o sabor, deliciooooso, não entendo nada de peixe, mas aquele estava especial.
Que gostoso passear assim, nada como merecidas férias.
Bjs
eu sou fã destas saídas curtas.
pegar o carro e ir almoçar em outra cidade.
vale dirigir, ver outras coisas, comer em outros lugares.
volto à noite, com o coração cheio e a alma leve. :)
Eu já estive nesse restaurante em Embu das Artes! É realmente muito bom!
Tinha um restaurante legal também em Mogi Guaçu, também é na beira de um rio, mas não consigo lembrar o nome.
Tinha um peixe na brasa fenomenal! Co
bjoks
Postar um comentário