Livros, música, cinema, política, comida boa. Isso tudo e mais um montão de tranqueiras dentro de um baú aberto.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Maturidade

Foi quando atingi a maioridade que saiu este disco. Eu o comprei sem pestanejar, atestando assim, possivelmente, que atingira a maturidade. Pelo menos a musical, já que em outros aspectos talvez nunca a atinja. Assim espero.

Mas voltando ao disco, foi num tempo em que, depois de flertar com o rock americano e namorar com os Beatles, apaixonei-me, de vez, pela música brasileira, aquela que se convencionou chamar de MPB, até cair nos braços do samba, este sim, meu grande amor. Nesta alternância, um tanto volúvel, um tanto promíscula, de amores, acabei descobrindo o jazz e o que era pra ser uma aventura fortuita, virou um romance duradouro. Hoje, posso dizer que acaricio meus ouvidos com samba, MPB e jazz, não necessariamente nesta ordem, mas com clara predominância do primeiro.

O disco do Zimbo Trio reúne tudo isso. O grupo tem formação típica de trio de jazz americano, piano, baixo acústico e bateria. Sua música, entretanto é muito mais do que jazz, já que a maneira com que sempre lidou com ritmo e divisão nunca estará ao alcance dos músicos americanos.

Desde 1964 teve a mesma formação por pelo menos 35 anos. Em 2001, com a saída do baixista Luis Chaves, falecido em 2007, o piano de Amilton Godoy e a bateria de Rubens Barsotti agregaram outro componente. Confesso que nunca ouvi a formação nova. Talvez nunca venha a fazê-lo, já que tenho certa má vontade com mudanças de componentes de grupos musicais.

Acho que foi com a aquisição deste disco (pelo que sei, nunca foi lançado em CD) que virei gente grande, pelo menos em termos musicais.



Bebê (Hermeto Paschoal) com Zimbo Trio

Um comentário:

Tatiana disse...

tremendo som mesmo! fiquei com vontade de ouvir tudo.