Livros, música, cinema, política, comida boa. Isso tudo e mais um montão de tranqueiras dentro de um baú aberto.

sábado, 1 de setembro de 2007

Salvador

Sempre que vou a Salvador tenho muito pouco tempo pra aproveitar a cidade. E desta vez não foi diferente. Cheguei na madrugada de terça pra quarta e na quinta bem cedinho, já estava de novo no aeroporto pegando o vôo de volta. A única coisa que sempre dá pra fazer é comer alguma iguaria baiana, deliciosa. E vai acontecer a mesma coisa na semana que vem. Segunda feira, à noite, vou pra Porto Alegre e na terça à tarde já estou voltando.

Já virou uma tradição jantar no restaurante Yemanjá, onde se come o melhor bobó de camarão que minhas papilas gustativas tiveram oportunidade de experimentar. O local é meio direcionado aos turistas, o que, em geral me incomoda um pouco, mas a comida é tão especial que eu relevo este fato.

Uma excelente opção no almoço é o restaurante A Porteira. É um daqueles restaurantes que servem de tudo, de massas a comida japonesa, passando por frutos do mar e comida sertaneja, tudo servido num bufê. Neste tipo de restaurante, em geral, nada do que se serve é especial. Em A Porteira, entretanto, ocorre o fenômeno raro de cada comida provada ser extremamente bem preparada e deliciosa, como se você estivesse em vários restaurantes especializados. O ponto alto é a excelente carne de sol com paçoca. Me fartei.

Em tão pouco tempo, seria impossível encaixar algum evento gastronômico entre estes dois programas. Nada é impossível pra mim, porém, em se tratando de comida boa. Sendo assim, consegui um jeito de saborear o acarajé da barraca da Cira, no Rio Vermelho. É algo absolutamente inenarrável e imperdível. Eu não me perdoaria se tivesse deixado isso de lado. Cometi a insanidade de pedir uma pitada extra de pimenta no meu. Apesar de ter ficado com a boca em chamas, não me arrependi. Acarajé sem pimenta é como samba sem batucada: também é bom, mas fica sempre aquela sensação de que falta alguma coisa.

Só mais um comentário: É um pecado que tenha sido fechado o restaurante Casquinha de Siri. O Casquinha era um dos lugares mais democráticos que eu conheci. Conviviam, no mesmo ambiente, ruidoso e barulhento, personagens dos mais diversos tipos. Tinha de tudo. Turistas gringos e vermelhos de alegria, famílias inteiras com direito a avós e crianças e uma infinidade de putinhas, daquelas mais baratas e, por isso mesmo, das mais autênticas. Todo mundo convivendo pacificamente, como deveria ser no planeta inteiro. Provavelmente, o fechamento do lugar foi iniciativa de algum desses falsos moralistas, a quem a alegria alheia causa azia.

10 comentários:

Clélia Riquino disse...

Que inveja! Queria poder ir com você...
Sei que comeu 2 acarajés. Um deles, foi por mim. A-d-o-r-o!

bjo arretado,
Clé

l disse...

ai que água na boca!!!

saudades de vcs. andei sumida, estou voltando.

um beijo grande,

Lu.

Maria Helena disse...

Arnaldo,
gostoso visitar outros estados, comportamentos,comidas,tudo tão diferente,dentro do mesmo país,né??
Bjs

Jô Beckman disse...

Nunca fui à bahia, mas ainda terei essa oportunidade!!!
abraços

Eli Carlos Vieira disse...

Falando assim dá vontade mesmo de saborear essa iguaria baiana!
Apesar de eu nunca ter nem visto um acarajé ou outros pratos de lá, tenho meus receios com um elemento: a pimenta...


Boa viagem relâmpago a vc!
:-]

Graziana Fraga dos Santos disse...

vens na minha cidade então!
que legal, aproveite ;)

Claudia Lyra disse...

Gente! Que delícia de programas! Ai, que eu amo comida baiana, amo!

Anônimo disse...

Hei de encontrar o ambiente democrático que acolheu as adoráveis frequentadoras do Casquinha!


P.S.: Um outro exemplo da falsa moral:
O Arnaldo Jabour comentou na CBN sobre um prédio em SP aonde está funcionando uma igreja e no andar de cima um motel, a comunidade local, obviamente, reclamou e tenho certeza que não foi em beneficio do motel que seguramente é quem menos incomoda a paz local.

Um abraço.

Telejornalismo Fabico disse...

*



eita brasilzão bom.
um dia faço passaporte, tiro visto e conheço todo.




*

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Pois é, Clé,

Eu devia ter comido só um, mas acabei comendo dois. O meu e o seu.


Lulu,

Também senti saudades. Mas o importante é que você está de volta.


Maria Helena,

É bom sim. A diversidade que temos aqui no Brasil é magnífica!


,

A Bahia vale a pena. É um lugar bom com um povo ótimo.


Nunca viu um acarajé, Eli? Não acredito. Tenho certeza que em algum lugar, em Santos, em São Vicente ou na Praia Grande, há uma baiana te esperando. Não abra mão de experimentar.


A comida baiana é uma das minhas preferidas, Cláudia. Só perde mesmo é pra comida mineira.


Jacaré,

Intensifique esta procura.


Sean,

O Brasil é bom demais!