Livros, música, cinema, política, comida boa. Isso tudo e mais um montão de tranqueiras dentro de um baú aberto.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Cordas vocais e de aço

Já falei aqui o quanto gosto da fórmula voz & violão. Por isso mesmo, fiquei animadíssimo para ouvir o CD O amor de uns tempos pra cá da cantora e blogueira Andréa Dutra. Neste disco ela é acompanhada pelo violão de Marcus Nabuco, que também toca guitarra, viola e ebow.

Pausa: Que diabo é isso? O que é um ebow? Procurei no Google, primeiro uma figura. Achei várias. Fiquei na mesma.



Resolvi recorrer às palavras. Achei uma definição:

Aparelho que por meio de vibrações magnéticas faz com que se obtenha um sustain infinito.

Deixa pra lá. Voltemos ao disco.

A voz de Andréa não é cristalina. E é justamente isso que me seduz. Essa rouquidão, este rasqueado das cordas vocais proporciona um efeito delicioso de se ouvir. E ela canta emitindo prazer. Transmite emoção, sedução, sensualidade. O violão de Nabuco tem um timbre metálico que me fez lembrar da época em que eu, adolescente, tentava tocar violão e as cordas de aço me machucavam os dedos. Mudei para o naylon e perdi o efeito. Desisti.

Há uma faixa do disco em que eles têm a companhia do interessantíssimo violino de Nikolas Krassik. É em Nascente, de Flávio Venturini e Murilo Antunes.

O que mais me surpreendeu, entretanto, neste CD, foi o repertório. Eu conhecia a Andréa participante do grupo Arranco de Varsóvia, de um disco só de sambas e de um show com sambas de Dorival Caymmi que já comentei aqui. Neste disco ela envereda pelo pop, juntando autores de várias épocas. Gente consagrada, gente menos conhecida, gente um tanto esquecida e também quem está na crista da onda. Tem Gilberto Gil, Vander Lee, Dalto e Lenine, entre outros. São, fundamentalmente, músicas que falam de amor. Cantadas, todas elas, de uma maneira muito diferente das gravações originais. Uma maneira especial. A maneira de Andréa Dutra.

Um disco pra se ouvir namorando.

4 comentários:

Anônimo disse...

querido, que lindo estar aqui no seu blog, assim, tão bem explicadinha :) Obrigadíssima pelo duplo carinho de ouvir e comentar! E de falar bem de nós, né? Muito bom... rs
Estaremos em SP na semana que vem pra fazer os primeiros pocket shows de lançamento, dias 23 e 28, na Saraiva e Fnac, ambas do shopping morumbi, sempre às 20h. Devemos ir a Campinas em novembro, estamos negociando. bj pra vc e diga a Clélia que espero que vcs namorem bastante com essa trilha sonora. Obrigada de novo :)

Unknown disse...

Oi Arnaldo
Antes de mais nada obrigado pelas simpáticas palavras.
Queria também te ajudar a entender o que faz o Ebow. Na verdade é só um imã que vc aproxima de uma das cordas e ele faz a ela vibrar sozinha, sem a mão ou palheta. O som que sai é o daquela melodia com som esquisito na introdução de "Esperando Aviões". Espero ter ajudado
Um abraço
Nabuco

Anônimo disse...

Andrea, se vc ler isso saiba que perdi seu e-mail e o CD nunca chegou para mim... Pena... :-(

Diego Moreira disse...

Nos meus tempos de guitarra, cheguei a brincar com o ebow. Entrei aqui pra te explicar direito como é que funciona esse troço mas vi que o próprio Nabuco já te explicou. O som é interessante!
Um abraço!