Livros, música, cinema, política, comida boa. Isso tudo e mais um montão de tranqueiras dentro de um baú aberto.

sábado, 4 de agosto de 2007

Voz e Violão

Das coisas que eu mais gosto, em música, está a combinação voz e violão. Simples assim, sem maiores interferências. E, mesmo o samba, de longe, minha preferência musical, me agrada ouvi-lo assim, desprovido do acompanhamento dos instrumentos de percussão. É claro que também adoro uma batucada, mas a música cantada e acompanhada apenas do violão é a que mais me emociona.

É muito bom quando aparece um artista ou um disco diferente, com um violão tocado de maneira pouco convencional, inventivo. E é justamente o que ocorre no disco Uma porção de Marias, em que Jane Duboc canta acompanhada pelo violão de Arismar do Espírito Santo. Me agrada bastante a voz de Jane Duboc, embora, às vezes, ela peque por alguns excessos. É bastante comum, em outros discos seus, algum floreado, uma certa afetação. Um timbre bastante melodioso de uma voz muito afinada, por vezes me dá algum enjôo. Não é o que acontece neste CD. Aqui ela está contida, sua voz límpida, bonita, bastante.

O instrumento original de Arismar do Espírito Santo é o contrabaixo. E foi assim que eu o vi pela primeira vez participando do grupo de Hermeto Paschoal, ainda na década de 70. Era um gigante barbudo e cabeludo, parecendo um ermitão, extraindo um som bastante peculiar de seu contrabaixo, quase percussivo. Arismar, aliás, também toca bateria e piano. Enfim, um músico completo. E é com o violão que ele nos brinda neste disco, utilizando-o, às vezes, como se fosse um contrabaixo, ou noutras, um instrumento de percussão.

O título do CD é um verso da canção Maria, de Ary Barroso e Luis Peixoto. E como o nome do disco sugere, algumas das faixas têm nome de mulheres, como Emília, Marina, Doralice.

É um disco delicioso e simples, que me encheu de prazer. Como tudo o que é simples.

6 comentários:

Diego Moreira disse...

Um programa da TVE (conversa afinada) vai exibir entrevistas com os dois, pra falar sobre esse trabalho.

Sinceramente não sei se o programa foi durante a semana passada ou se será nessa agora. Acho que é a segunda opção.

Aqui no Rio, ele é exibido de terça a sexta às 23:30.

Abraço!

Claudia Lyra disse...

Que beleza de violão! Rapá, lindo, lindo, lindo!!!

Eli Carlos Vieira disse...

Nunca prestei tanta atenção a Jane Duboc como uma intérprete de fato. Mas sua voz tem sim uma suavidade politicamente correta, apesar de "enfeites" em algumas interpretações, mas é uma questão de emoção (de quem ouve e de quem faz).

Sobre esse disco, não conheço...mas gostei do toque percurtido do violão!Um andamento vivo e fortemente colorido - típico de baixos e cia.
A voz...politicamente correta mesmo!
Mas, nem conferi as outras faixas, não posso me estender muito nisso...
É que não tem jeito, gosto mais de um toque ousado de uma contralto.


ps.só pra constar, o filho de Duboc, Jay Vaquer, segue um caminho interessante na música. Uma mistura de pop e humor sutil, com uma voz de cor. Agrada pelo fator original.

Abração, Arnaldo
:-]

ninguém disse...

cocodo c vc
O silêncio é de ouro em muitas ocasiões. Qd, p ex, se tem ym punho fraturado dps de um segundo tombo em 5 dias e tendinite bo braço direito.É. Catar milho é difícil pra acompanhar as idéias, mesmo as + confusas.
Deixo este texto até poder voltar.
Pensen positivo, to precisando

Anônimo disse...

gosta de voz e violão, é? entao vai amar meu cd que acabou de sair! chama-se o amor de uns tempos pra cá, eu em duo com o guitarrista e violonista marcus nabuco. dá uma olhada em www.andreadutra.com.br e veja se é do seu agrado. já tem nas lojas, brasil todos. dizem, né? rs hahaha beijos

Tatiana disse...

eu fui a um bar em sampa, festa de aniversário do tal bar.
só o meu violão servindo para o povo dar as canjas.
quem sobe no palco e toca meu violaozinho?
O Espirito Santo!
O cabra toca pra cacete!
Impressionante!