Arlindo Chinaglia tem o apoio do PMDB e Aldo Rebelo tem o apoio do PSDB e do PFL. Olhando assim, fica difícil saber quem está mais mal acompanhado. E tem ainda o apoio do PT que, embora importante em termos de votos, perdeu sua aura de partido eticamente mais respeitável, comparado aos outros. Se depender de retrospecto, Aldo sai perdendo, já que sua presidência da Câmara foi pautada pela indecisão e covardia, principalmente na novela do reajuste dos salários dos parlamentares. De qualquer forma, esta disputa parece que já dá a tônica de como vai ser o segundo mandato do presidente Lula, ou seja, como no primeiro, grosso modo, terá a mesma cara dos governos anteriores.
Digo grosso modo, pois consigo identificar aqui e ali, avanços isolados em relação aos governos anteriores. Isto, entretanto, é muito pouco.
Lula foi eleito, há 4 anos, graças, em parte, à esperança de que seu governo seria, de alguma maneira, revolucionário, principalmente no que diz respeito a avanços sociais. Estes avanços não vieram na medida em que seria necessário. Houve uma campanha monstruosa no sentido de desestabilizar sua candidatura, em que a grande mídia usou e abusou de todos os artifícios, conhecidos e desconhecidos. Direita e esquerda se uniram para derrubá-lo. Mesmo assim, ele foi reeleito, principalmente devido à fragilidade das outras alternativas. Isto deveria significar um poder enorme, no início de mandato. Seria a hora de implementar as tão necessárias mudanças na condução da economia e na implantação dos avanços sociais. Nada indica, porém, que ele vá seguir nesta direção.
O que eu sempre admirei no Lula, desde os tempos do sindicato em São Bernardo, foi sua capacidade de articulação política. Foi inovadora a sua maneira de negociar com um empresariado destreinado nas práticas democráticas e acostumado com um sindicalismo pelego, herança de muitos anos de tutela do governo ou de partidos políticos. Lula inovou a forma de discussão, esquivou-se dos partidos viciados e encaminhou a fundação de um novo partido, o PT, que seria diferente de tudo o que havia até então. O tempo mostrou que nem o PT conseguiu ser diferente e nem Lula conseguiu manter sua característica inovadora na forma de fazer política. Treinado por diversas derrotas eleitorais, foi se adequando e se assemelhando aos políticos tradicionais, tão criticados por ele, ao longo de tantos anos. Pior, conseguiu contaminar o PT e transformá-lo num partido ralo, sem estirpe, comparável a qualquer PMDB da vida.
Defendi a eleição de Lula para esse segundo mandato, mas não é por isso que me sinto na obrigação de defender o modus operandi que seu governo adotou no primeiro e, aparentemente, seguirá adotando nos próximos 4 anos.
Não será mantendo Henrique Meirelles no Banco Central e aproximando-se de Delfin Netto, que teremos um governo capaz de promover as mudanças sociais que o Brasil precisa e o seu povo anseia.
Digo grosso modo, pois consigo identificar aqui e ali, avanços isolados em relação aos governos anteriores. Isto, entretanto, é muito pouco.
Lula foi eleito, há 4 anos, graças, em parte, à esperança de que seu governo seria, de alguma maneira, revolucionário, principalmente no que diz respeito a avanços sociais. Estes avanços não vieram na medida em que seria necessário. Houve uma campanha monstruosa no sentido de desestabilizar sua candidatura, em que a grande mídia usou e abusou de todos os artifícios, conhecidos e desconhecidos. Direita e esquerda se uniram para derrubá-lo. Mesmo assim, ele foi reeleito, principalmente devido à fragilidade das outras alternativas. Isto deveria significar um poder enorme, no início de mandato. Seria a hora de implementar as tão necessárias mudanças na condução da economia e na implantação dos avanços sociais. Nada indica, porém, que ele vá seguir nesta direção.
O que eu sempre admirei no Lula, desde os tempos do sindicato em São Bernardo, foi sua capacidade de articulação política. Foi inovadora a sua maneira de negociar com um empresariado destreinado nas práticas democráticas e acostumado com um sindicalismo pelego, herança de muitos anos de tutela do governo ou de partidos políticos. Lula inovou a forma de discussão, esquivou-se dos partidos viciados e encaminhou a fundação de um novo partido, o PT, que seria diferente de tudo o que havia até então. O tempo mostrou que nem o PT conseguiu ser diferente e nem Lula conseguiu manter sua característica inovadora na forma de fazer política. Treinado por diversas derrotas eleitorais, foi se adequando e se assemelhando aos políticos tradicionais, tão criticados por ele, ao longo de tantos anos. Pior, conseguiu contaminar o PT e transformá-lo num partido ralo, sem estirpe, comparável a qualquer PMDB da vida.
Defendi a eleição de Lula para esse segundo mandato, mas não é por isso que me sinto na obrigação de defender o modus operandi que seu governo adotou no primeiro e, aparentemente, seguirá adotando nos próximos 4 anos.
Não será mantendo Henrique Meirelles no Banco Central e aproximando-se de Delfin Netto, que teremos um governo capaz de promover as mudanças sociais que o Brasil precisa e o seu povo anseia.
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