Livros, música, cinema, política, comida boa. Isso tudo e mais um montão de tranqueiras dentro de um baú aberto.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Novidade

Conheci a cantora Ceumar através de uma amiga que me enviou seu primeiro disco, Dindinha, dos Estados Unidos. Tudo era novidade naquele CD, recheado com canções de Zeca Baleiro, também uma novidade naquela época. Tinha mais coisa e tudo soava novo, desde músicas desconhecidas até canções popularíssimas como o baião Olha pro Céu, de Luiz Gonzaga e José Fernandes. Até esta, entretanto, parecia coisa novíssima.

Fui vê-la, pela primeira vez, no SESC de São Caetano do Sul, no ABC paulista. Num show intimista, palco pequeno, colado à platéia, ela se apresentou acompanhada do próprio violão, ao lado de uma excelente percussionista que o nome me escapou e que nunca mais vi na vida.

Ainda estive em shows dela no Café Filosófico da CPFL, em Campinas, e no SESC Pompéia, em São Paulo. Em todos eles, uma presença marcante no palco, aliada a muita qualidade vocal. Em qualquer uma das apresentações, sempre reservava uma novidade, como a presença inebriante do percussionista Gigante Brasil no show campineiro, falecido ano passado.

Se no segundo CD a novidade fora a presença de duas canções autorais, Ceumar nos brinda, agora, com um quarto disco, Meu nome, em que a totalidade das canções é de sua autoria. Embora isso seja novidade, a qualidade de Ceumar não me surpreende mais. Ganhamos este novo disco de uma amiga da Clélia, que foi ver o show, e nos trouxe um exemplar autografado. Foi só colocá-lo pra tocar e a convicção de que ouviríamos música de primeira qualidade se transformou em certeza, já no primeiro acorde.
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O disco foi gravado ao vivo, ano passado, num show em São Paulo. No palco, Ceumar e seu violão e as participações do músico mineiro Sérgio Pererê e do pianista cubano Yanel Matos.

No encarte do CD, Ceumar registra um comentário de seu pai a respeito do disco: “um CD com 20 músicas é bom pra viajar!”. De fato, ouvir Ceumar é bom pra viajar. Em todos os sentidos, pra qualquer direção.

5 comentários:

Anônimo disse...

É o melhor disco que ouvi nesse ano

Eli Carlos Vieira disse...

Voz limpa, correta. Até demais.
Vou procurar mais canções! Nessa "Dança", aqui postada, penso em uma cantora técnica, mas que nega um pouco no quesito emoção (e olha que é ao vivo).
Mas trata-se de uma breve impressão, pois não a conheço d'antes...

Muito bom o piano ao longo da canção!

Abraço!

Clélia Riquino disse...

Eli,

Não considero Ceumar "técnica", apesar da sua precisão no cantar (como considero Elis e Leila Pinheiro, por ex.). Acho qu’ela é pura emoção, vibração, carisma. Você precisa vê-la/ouvi-la no palco! É de uma simplicidade, brejeirice, mineirice à flor da pele... O acompanhamento, no piano (muito bom, mesmo!), é do co-autor da canção: Yanel Matos.

Dança
Yanel Matos & Ceumar


Diz, diz pra mim
Diz com seu coração
Diz com as suas mãos, me faz feliz

Vem pra dançar
Que o tempo pára
E não há nada (e há muito mais) além
Da nossa dança

Eu e você a rodopiar
E a liberdade de
Amar, de amar
Solte seus pés, vamos voar
Que a vida pode nos
Levar, nos levar

beijo,
Clé

Eli Carlos Vieira disse...

É, Clélia!
Acredito que vale sim, uma conferida ao vivo!
Quem sabe, não é?!
É uma das características que prezo em uma cantora: o domínio da técnica, sobretudo da sua própria, aquela natural, sem ser forçada ou sofrida, pois assim sobra espaço para ser explosiva, empolgante e viva no palco.

Beijo, Clélia!

Clélia Riquino disse...

Aproveite, Eli, qu'ela estará no SESC Santos, dia 2 de agosto (domingo), às 19:00h. Vá conferir, e, depois, me diga o que achou...

bj,
Clé