Livros, música, cinema, política, comida boa. Isso tudo e mais um montão de tranqueiras dentro de um baú aberto.

sábado, 18 de julho de 2009

Sabor diferente

O Restaurante Clos Vert, em Barão Geraldo, só abre para o almoço. Isso faz com que eu só possa visitá-lo aos sábados, já que aos domingos também fecha suas portas. Já falei, brevemente, deste restaurante no post Desvendando Campinas, em que eu aludia ao fato de que, chegando lá um pouco tarde, na primeira vez que fomos, acabei pegando o bufê um tanto quanto desfalcado. Voltamos lá hoje, tomando o cuidado de não cometer o mesmo erro. Fomos quase os primeiros a chegar e os pratos estavam todos à disposição, a maioria deles intocado.

O restaurante tem identidade árabe, com um tempero diferenciado, graças à influência de Nadira, francesa, casada com Issa, que é sírio, donos do restaurante. Como é um restaurante árabe diferenciado, é melhor fugir das opções óbvias, como quibes e esfirras. O melhor é se enveredar pelos pratos mais inventivos, raros em restaurantes mais tradicionais. O restaurante é bom, sem ser magnífico. Na verdade, eu saí de lá com um sentimento dúbio. Sabia que tinha gostado, mas não tinha aquela sensação de ter comido a última maravilha do universo. Com o tempo, entretanto, ao longo da tarde, fui percebendo o quanto o sabor daquela comida permanecia em mim de maneira agradável. Tá difícil de explicar. Em geral, quando saio de um almoço plenamente satisfeito, a minha sensação é de grande regozijo, embora, por conta da quantidade, com o passar de algum tempo, aquela comida começa a pesar, tanto em meu estômago quanto em meu cérebro. Foi exatamente o contrário do que aconteceu ao sair do Clos Vert. Estou quase convencido de que essa sensação é melhor que aquela. Ainda não sei.

Comer muito no Clos Vert não é uma boa idéia, também, por causa do preço. Aos sábados é um pouco mais salgado, mas, desconfio que seja um tanto mais diversificado. De qualquer forma, a melhor estratégia é escolher muito bem aquilo que você mais gosta e pegar porções parcas daquilo que não conhece, mesmo que tenha que voltar mais vezes ao bufê e à balança. E essas manhas a gente só adquire com o tempo, ou seja, voltando lá mais vezes. É isso que vou fazer.

2 comentários:

Lord Broken Pottery disse...

Arnaldo,
Embora de forma paradoxal, acho que a melhor forma de se ir a um restaurante é com pouca fome. Podemos então escolher com calma, sem a angústia e desespero do apetite mais acelerado. Só assim conseguimos escoher muito bem aquilo que mais gostamos. Cheguei a conclusão que a fome destrambelhada, nos faz fazer exatamente o contrário, acabamos entulhando o prato, no sentido estrito da palavra.
Grande abraço

Andrea Nestrea disse...

você é muito chic, arnaldo!!