
O restaurante tem identidade árabe, com um tempero diferenciado, graças à influência de Nadira, francesa, casada com Issa, que é sírio, donos do restaurante. Como é um restaurante árabe diferenciado, é melhor fugir das opções óbvias, como quibes e esfirras. O melhor é se enveredar pelos pratos mais inventivos, raros em restaurantes mais tradicionais. O restaurante é bom, sem ser magnífico. Na verdade, eu saí de lá com um sentimento dúbio. Sabia que tinha gostado, mas não tinha aquela sensação de ter comido a última maravilha do universo. Com o tempo, entretanto, ao longo da tarde, fui percebendo o quanto o sabor daquela comida permanecia em mim de maneira agradável. Tá difícil de explicar. Em geral, quando saio de um almoço plenamente satisfeito, a minha sensação é de grande regozijo, embora, por conta da quantidade, com o passar de algum tempo, aquela comida começa a pesar, tanto em meu estômago quanto em meu cérebro. Foi exatamente o contrário do que aconteceu ao sair do Clos Vert. Estou quase convencido de que essa sensação é melhor que aquela. Ainda não sei.
Comer muito no Clos Vert não é uma boa idéia, também, por causa do preço. Aos sábados é um pouco mais salgado, mas, desconfio que seja um tanto mais diversificado. De qualquer forma, a melhor estratégia é escolher muito bem aquilo que você mais gosta e pegar porções parcas daquilo que não conhece, mesmo que tenha que voltar mais vezes ao bufê e à balança. E essas manhas a gente só adquire com o tempo, ou seja, voltando lá mais vezes. É isso que vou fazer.
2 comentários:
Arnaldo,
Embora de forma paradoxal, acho que a melhor forma de se ir a um restaurante é com pouca fome. Podemos então escolher com calma, sem a angústia e desespero do apetite mais acelerado. Só assim conseguimos escoher muito bem aquilo que mais gostamos. Cheguei a conclusão que a fome destrambelhada, nos faz fazer exatamente o contrário, acabamos entulhando o prato, no sentido estrito da palavra.
Grande abraço
você é muito chic, arnaldo!!
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