Sou bem conservador em pelo menos 2 assuntos (devo ser em muitos outros, mas é sempre penoso reconhecer). Um deles é a música. Gosto muito de samba, mas abomino os conjuntos de pagode que se aproveitam da onda sem nunca terem ouvido falar em Cartola ou Silas de Oliveira. Gosto bastante de música caipira, mas não suporto ouvir essas duplas sertanejas moderninhas, cantando essa coisa medonha que é a música de corno. Tenho bastante dificuldade com as manifestações musicais mais modernas, como o Rap, o Hip Hop ou a música Techno. Sei compreender sua importância social como instrumento de manifestação de um extrato de classe ou faixa etária. Só que não consigo gostar. Não bate no paladar. Não me toca. Reconheço que é uma limitação minha. Uma coisa meio tacanha.
O outro assunto em que demonstro meu conservadorismo é a pizza. Pizza, pra mim, tem que ser de mussarela, calabresa ou aliche. Até admito uma portuguesa, mas não me venham com catupiri em cima dela que eu rejeito. Muito menos frango ou tomate seco. Até àquele hábito carioca de picotar toda a pizza em quadradinhos e comê-la com um palito eu torço o nariz. E quando um amigo sulista pede maionese e catchup numa pizzaria, eu explico que em São Paulo isto pode dar prisão preventiva.
Certa vez, fomos, eu e a Clélia, na pizzaria Piola, em Campinas. Entre nos sentarmos, recebermos o cardápio e nos percebermos submetidos a uma música techno no máximo volume, não se passou nem um minuto. Não precisamos falar nada, um pro outro. Nos olhamos, nos levantamos e saímos de lá correndo, sob os olhares atônitos e surpresos dos gançons. Não era a nossa praia.
Pois bem. Ontem, primeiro dia do ano, resolvemos comer uma pizza, à noite. Sabemos que muitos restaurantes fecham neste dia (ainda mais, sendo uma segunda-feira). Ligamos pro Brás, nossa preferida, e nada. Nossa sempre segunda opção, a Fidúcia, também estava fechada. Pizzarias medianas como Montebello ou Pizza d’Oro estavam funcionando, mas estas não nos apetecem. E aí, ligando pra outras casas, nos atende a Pizzaria Piola. A menina foi simpática. A Cecília vive dizendo que a pizza de lá é boa. Era o primeiro dia do ano. Resolvemos encarar.
E não é que foi bom? Escolhemos uma pizza individual, cada um. A da Clélia, tinha um recheio nada convencional. Estavam ótimas. Fizemos um troca-troca de sabores e saímos de lá super satisfeitos. O mais surpreendente é que até a música agradou, com uma mistura de pop, rock brasileiro dos anos 80 e até um pouco do abominável techno que não comprometeu.
O outro assunto em que demonstro meu conservadorismo é a pizza. Pizza, pra mim, tem que ser de mussarela, calabresa ou aliche. Até admito uma portuguesa, mas não me venham com catupiri em cima dela que eu rejeito. Muito menos frango ou tomate seco. Até àquele hábito carioca de picotar toda a pizza em quadradinhos e comê-la com um palito eu torço o nariz. E quando um amigo sulista pede maionese e catchup numa pizzaria, eu explico que em São Paulo isto pode dar prisão preventiva.
Certa vez, fomos, eu e a Clélia, na pizzaria Piola, em Campinas. Entre nos sentarmos, recebermos o cardápio e nos percebermos submetidos a uma música techno no máximo volume, não se passou nem um minuto. Não precisamos falar nada, um pro outro. Nos olhamos, nos levantamos e saímos de lá correndo, sob os olhares atônitos e surpresos dos gançons. Não era a nossa praia.
Pois bem. Ontem, primeiro dia do ano, resolvemos comer uma pizza, à noite. Sabemos que muitos restaurantes fecham neste dia (ainda mais, sendo uma segunda-feira). Ligamos pro Brás, nossa preferida, e nada. Nossa sempre segunda opção, a Fidúcia, também estava fechada. Pizzarias medianas como Montebello ou Pizza d’Oro estavam funcionando, mas estas não nos apetecem. E aí, ligando pra outras casas, nos atende a Pizzaria Piola. A menina foi simpática. A Cecília vive dizendo que a pizza de lá é boa. Era o primeiro dia do ano. Resolvemos encarar.
E não é que foi bom? Escolhemos uma pizza individual, cada um. A da Clélia, tinha um recheio nada convencional. Estavam ótimas. Fizemos um troca-troca de sabores e saímos de lá super satisfeitos. O mais surpreendente é que até a música agradou, com uma mistura de pop, rock brasileiro dos anos 80 e até um pouco do abominável techno que não comprometeu.
Saí de lá positivamente surpreso. Com o local e comigo mesmo. Será que estou ficando mais moderninho?
5 comentários:
É até curioso, as pessoas dizem que eu não tenho nada a ver com o lugar, mas o Piola é um dos meus pontos preferidos em Campinas. Gosto da música, da pizza e do atendimento (que na minha opinião é o melhor da cidade). Meu único porém é quanto ao preço das coisas. Se fosse barato, seria perfeito.
Arnaldo, atacando de Piola, heim? daqui a pouco vc vai frequentar raves....rs
Ele não chegará a tanto, Vivien! Seus tempos de notívago ficaram pra trás...
Vivien e Clélia,
De fato, não chegarei a tanto. E nem é por causa de não ser notívago, mas porque a música techno não faz, definitivamente, minha cabeça. Mas tenho que confessar que gostei da pizza. Só não sei como é que vou conseguir voltar lá numa noite como aquela, com a casa praticamente vazia.
Bruno,
De fato, eu também não consiguia te enxergar no Piola.
Mas isso é bom. O fato das pessoas não conseguirem imaginar a gente num determinado ambiente, significa que somos muito mais do que a imagem que fazem de nós. Não somos uma imagem. Não devemos ser um rótulo.
É por isso que eu faço uma força extrema pra não conseguir ser qualificado por nenhuma palavra que termine com ista.
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