É inevitável que este post saia cheio de links. Sim, embora possa parecer exagerado, esses títulos sublinhados são necessários pra falar de Maurício Tapajós, dada a grande quantidade de obras primas compostas por ele, em parcerias com vários poetas, entre eles, Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro e Cacaso.
Pesadelo, Querelas do Brasil, Agora é Portela 74, Estrela guia, De palavra em Palavra, Samambaias, Desalento, Mudando de conversa, Entre o torresmo e a moela, Aparecida, Faz tempo e aquele que, na minha opinião, é o grande hino da anistia, Tô voltando, são apenas alguns exemplos de uma vasta lista de canções deste compositor, falecido tão precocemente.
E depois de dez anos de sua morte, a gravadora do CPC-UMES lança o CD Sobras Repletas, com canções inéditas ou pouco conhecidas deste autor. Interpretadas por artistas de primeira linha de nossa música popular como Chico Buarque, Joyce, Zé Renato e Zélia Duncan, o disco mostra muito da sua versatilidade. Além do mais, Mauricio Tapajós sempre foi um músico muito respeitado por sua classe, devido à sua luta incessante (e inglória) pelos direitos autorais, sempre tão mal administrados neste nosso país.
É neste CD que eu pude ouvir, pela primeira vez, uma música gravada pelo MPB4 em sua nova formação, com Dalmo Medeiros no lugar de Ruy Faria.
É encantadora a interpretação de Mônica Salmaso na canção Desconsolo, uma parceria dele com Nelson Cavaquinho e Hermínio Bello de Carvalho.
Mas emocionante mesmo, é a canção Surdina composta por ele e Cacaso, na voz de Tatiana Parra. É de arrepiar, sinceramente.
Pesadelo, Querelas do Brasil, Agora é Portela 74, Estrela guia, De palavra em Palavra, Samambaias, Desalento, Mudando de conversa, Entre o torresmo e a moela, Aparecida, Faz tempo e aquele que, na minha opinião, é o grande hino da anistia, Tô voltando, são apenas alguns exemplos de uma vasta lista de canções deste compositor, falecido tão precocemente.
E depois de dez anos de sua morte, a gravadora do CPC-UMES lança o CD Sobras Repletas, com canções inéditas ou pouco conhecidas deste autor. Interpretadas por artistas de primeira linha de nossa música popular como Chico Buarque, Joyce, Zé Renato e Zélia Duncan, o disco mostra muito da sua versatilidade. Além do mais, Mauricio Tapajós sempre foi um músico muito respeitado por sua classe, devido à sua luta incessante (e inglória) pelos direitos autorais, sempre tão mal administrados neste nosso país.É neste CD que eu pude ouvir, pela primeira vez, uma música gravada pelo MPB4 em sua nova formação, com Dalmo Medeiros no lugar de Ruy Faria.
É encantadora a interpretação de Mônica Salmaso na canção Desconsolo, uma parceria dele com Nelson Cavaquinho e Hermínio Bello de Carvalho.
Mas emocionante mesmo, é a canção Surdina composta por ele e Cacaso, na voz de Tatiana Parra. É de arrepiar, sinceramente.
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2 comentários:
Você me mostrou Surdina, neste disco. É, realmente, linda! De arrepiar...
Surdina
Maurício Tapajós & Cacaso
Primeiro, o Tenório Jr.
Que sumiu na Argentina
Depois, quando perigava
Onze e meia da matina
Veio a notícia fatal:
Faleceu Elis Regina
Um arrepio gelado
Um frio de cocaína!
A morte espreita calada
Na dobra de uma esquina
Rodando a sua matraca
Tocando a sua buzina
Isso sem falar
Na morte do velho Vina!
E agora, é Clara Nunes
Que morre ainda menina!
É demais! Que sina!
A melhor prata da casa
O ouro melhor da mina
Que Deus proteja de perto
A minha mãe Clementina!
Lá vai a morte afinando
O coro que desafina...
Se desse tempo eu falava
Do salto da Ana Cristina.
Arrepia mais ainda quando pensamos que a morte viria colher os compositores ainda jovens. Morte é um tema recorrente na obra do Cacaso. Ele parecia antever que iria cedo.
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