Livros, música, cinema, política, comida boa. Isso tudo e mais um montão de tranqueiras dentro de um baú aberto.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Bossa Nova afrancesada

Ouvi o nome de Henri Salvador, pela primeira vez, na voz de Maria Bethânia, cantando Reconvexo, de Caetano Veloso:

(...) Quem é você?
Que não sentiu o suingue de Henri Salvador

Que não seguiu o Olodum balançando o Pelô

E que não riu com a risada de Andy Warhol
Que não, que não, e nem disse que não (...)

Muito tempo depois, passeando na livraria Cultura, vi o CD Chambre avec vue e o comprei sem pestanejar. Por causa da canção de Caetano, por causa da capa do CD, deliciosa.

Henri Salvador nasceu na Guiana Francesa e foi, ainda jovem, para Paris fazer parte do conjunto de Django Reinhardt. Andou pelo Brasil, namorou a bossa nova e criou um jeito de cantar e fazer música que tem muito a ver com o que eu gosto de ouvir.

Justamente eu, que tenho muita má vontade quando algum americano cisma de fazer bossa nova, fiquei encantado com a bossa afrancesada de Salvador. E acho que dei sorte comprando esse disco, já que depois dele, ouvi vários outros que não me seduziram tanto.

Agora, Henri Salvador gravou o CD Révérence. O disco ainda não saiu por aqui, mas já saiu na Europa. Tem arranjos de Jaques Morelembaum, participação de Caetano Veloso e foi gravado no Rio. Não sei se é bom, mas vou comprar, com certeza. Mesmo sabendo que não vai ser melhor que Chambre avec vue. Tem coisas que não acontecem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Fiquei curioso! Nunca ouvi Henri Salvador, por incrivel que pareça. Boa dica, procurarei.

Anônimo disse...

Rosinha Passos, inclusive, gravou "Jardim", uma versão de "Jardin D'Hiver", dele, em seu último CD.