Villa-Lobos, Pixinguinha e Tom Jobim talvez sejam nossos autores mais geniais. Mas acho que o mais sofisticado é Edu Lobo. E não uso o termo sofisticado como sinônimo de falsificado ou artificial ou afetado ou falsamente refinado, como o Aurélio qualifica este verbete. Digo sofisticado como refinado ao extremo, aprimorado, recorrendo ao mesmo Aurélio.
Edu Lobo é assim. Sempre foi. Desde suas primeiras composições. Suas primeiras melodias. Muitos compositores brasileiros têm refinamento e sofisticação. Mas nenhum deles sempre foi assim. Chico Buarque, por exemplo, foi capaz de cometer melodias paupérrimas no começo da carreira, embora quase sempre acompanhadas de letras ricas. Edu Lobo não. Desde o começo, desde antes dos festivais, suas melodias sempre foram de um refinamento deslumbrante. Coisa de dar orgulho na gente.
Pois acaba de sair um CD do grande flautista e saxofonista Mauro Senise, tocando só Edu Lobo. O disco chama-se Casa Forte. Mauro Senise freqüenta, há muitos anos, as fichas técnicas dos meus velhos vinis. Está em discos de Milton Nascimento, do tempo do Clube da Esquina, nos melhores LPs do Egberto Gismonti, já tocou com o Hermeto e, fuçando nos antigos discos da Gal, Elis, Nana Caymmi, Gonzaguinha, é sempre possível encontrar seu nome em algumas faixas, tocando flauta ou sax.
Neste CD, ele se acompanha da bateria de Ivan Conti e do baixo de Paulo Russo, seus velhos companheiros dos festivais de jazz. E nos arranjos e piano, tem Gilson Peranzzetta. Eu sempre tive certa má vontade com Gilson Peranzzetta, responsável pelos arranjos dos melhores discos de Ivan Lins, na década de 1970. Neste disco, pra minha feliz surpresa, seu piano está magnífico e os arranjos são absolutamente cool. Típico de quarteto de jazz dos velhos night clubs.
Enfim, não é um CD pra se ouvir na festa. É um CD pra se ouvir ao lado de um bom livro e de uma pessoa que seja especial. E isto, por si só, já é uma festa.
Edu Lobo é assim. Sempre foi. Desde suas primeiras composições. Suas primeiras melodias. Muitos compositores brasileiros têm refinamento e sofisticação. Mas nenhum deles sempre foi assim. Chico Buarque, por exemplo, foi capaz de cometer melodias paupérrimas no começo da carreira, embora quase sempre acompanhadas de letras ricas. Edu Lobo não. Desde o começo, desde antes dos festivais, suas melodias sempre foram de um refinamento deslumbrante. Coisa de dar orgulho na gente.
Pois acaba de sair um CD do grande flautista e saxofonista Mauro Senise, tocando só Edu Lobo. O disco chama-se Casa Forte. Mauro Senise freqüenta, há muitos anos, as fichas técnicas dos meus velhos vinis. Está em discos de Milton Nascimento, do tempo do Clube da Esquina, nos melhores LPs do Egberto Gismonti, já tocou com o Hermeto e, fuçando nos antigos discos da Gal, Elis, Nana Caymmi, Gonzaguinha, é sempre possível encontrar seu nome em algumas faixas, tocando flauta ou sax.
Neste CD, ele se acompanha da bateria de Ivan Conti e do baixo de Paulo Russo, seus velhos companheiros dos festivais de jazz. E nos arranjos e piano, tem Gilson Peranzzetta. Eu sempre tive certa má vontade com Gilson Peranzzetta, responsável pelos arranjos dos melhores discos de Ivan Lins, na década de 1970. Neste disco, pra minha feliz surpresa, seu piano está magnífico e os arranjos são absolutamente cool. Típico de quarteto de jazz dos velhos night clubs.
Enfim, não é um CD pra se ouvir na festa. É um CD pra se ouvir ao lado de um bom livro e de uma pessoa que seja especial. E isto, por si só, já é uma festa.
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