A sociedade norte-americana é, certamente, a mais competitiva do mundo, em todos os tempos. Uma das ofensas preferidas por lá é chamar alguém de loser, ou seja, perdedor. Isso começa na escola, onde você tem que ser bonito ou bom em algum esporte, enfim, tem que ser popular. Senão, você é um perdedor. Quando vira adulto, esta competitividade se mantém presente. No trabalho, você é cobrado, todos os dias, pelos resultados e esta cobrança é sempre baseada numa comparação com os resultados de um colega, alguém que está sempre olhando pra você, com uma expressão de sórdida superioridade. Mas não é só no trabalho que isto acontece. No seu bairro, você tem sua garagem constantemente monitorada, pra que se saiba se seu carro é mais novo, mais possante, ou mais caro do que o do seu vizinho. E mesmo o seu filho vive te jogando na cara que o pai do colega da escola tem um carro esporte de último modelo. Tudo ali é feito pra te deixar pra baixo, caso não seja um vencedor. É a sociedade da ostentação. É o país da competição desenfreada.
Esta competição é a linha condutora do filme Pequena Miss Sunshine. É uma legião de perdedores, das mais diferentes idades, todos pertencentes à mesma família, que se metem a encarar um desafio que todos sabem, desde os protagonistas até o público do cinema, que é inatingível.
O filme é divertidíssimo. Ri de me matar, durante o tempo todo. E olha que eu não sou bom de comédia. Não rio com facilidade. Dou vexame. A maioria das comédias reúne dois ingredientes que eu abomino. Elas lidam com o preconceito (da pior maneira que se pode lidar – ridicularizando minorias) e são sempre previsíveis. Pois este filme não estimula a discriminação, muito pelo contrário. E é absolutamente imprevisível. Todo ele.
O filme conta com um grupo de atores muito bom, do velho à criança, que suporta a trama. Não tem nada que me agrada mais num filme do que ele ser sustentado pela competência dos atores, ao invés dos efeitos especiais ou de cenas de impacto. Neste filme, o elenco é o ponto forte. Aliás, um filme em que um dos personagens principais é uma Kombi amarela tem muita chance de ser interessante. E Pequena Miss Sunshine é muito mais que interessante. É magnífico. Fazia tempo que eu não me divertia tanto no cinema.
Esta competição é a linha condutora do filme Pequena Miss Sunshine. É uma legião de perdedores, das mais diferentes idades, todos pertencentes à mesma família, que se metem a encarar um desafio que todos sabem, desde os protagonistas até o público do cinema, que é inatingível.
O filme é divertidíssimo. Ri de me matar, durante o tempo todo. E olha que eu não sou bom de comédia. Não rio com facilidade. Dou vexame. A maioria das comédias reúne dois ingredientes que eu abomino. Elas lidam com o preconceito (da pior maneira que se pode lidar – ridicularizando minorias) e são sempre previsíveis. Pois este filme não estimula a discriminação, muito pelo contrário. E é absolutamente imprevisível. Todo ele.
O filme conta com um grupo de atores muito bom, do velho à criança, que suporta a trama. Não tem nada que me agrada mais num filme do que ele ser sustentado pela competência dos atores, ao invés dos efeitos especiais ou de cenas de impacto. Neste filme, o elenco é o ponto forte. Aliás, um filme em que um dos personagens principais é uma Kombi amarela tem muita chance de ser interessante. E Pequena Miss Sunshine é muito mais que interessante. É magnífico. Fazia tempo que eu não me divertia tanto no cinema.
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