Livros, música, cinema, política, comida boa. Isso tudo e mais um montão de tranqueiras dentro de um baú aberto.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Idéia genial

Final da década de 1930. O rádio era o grande veículo de comunicação no Brasil e era através dele que se construíam os grandes sucessos. Depois do carnaval, época na qual as marchinhas reinavam absolutas, começava a corrida para lançar algo novo. Aquele que emplacasse uma música ficava em destaque o ano inteiro.

Em 1939, o cantor Silvio Caldas lança o samba Da cor do pecado, de Bororó.



Percebendo o grande potencial deste samba, Orlando Silva sai à caça de uma música que rivalize com o iminente sucesso. Procura a dupla de compositores Pedro Caetano e Claudionor Cruz, autores de outros sucessos já gravados por ele. Com pressa, ao saber que um deles estava em uma cidade distante, impossibilitando-os de se encontrarem, não teve dúvida. Pediu a Pedro Caetano que fizesse uma nova letra para Da cor do pecado e a Claudionor Cruz que compusesse uma nova melodia para o samba gravado por Silvio Caldas. Juntou letra e música e o resultado foi perfeito. Nasceu o samba Nova Ilusão.



3 comentários:

Anônimo disse...

Deu pau no som...

Seguem as duas letras:

Da cor do pecado
Bororó

Esse corpo moreno cheiroso e gostoso que você tem
É um corpo delgado da cor do pecado
Que faz tão bem
Esse beijo molhado, escandalizado que você deu
Tem sabor diferente que a boca da gente
Jamais esqueceu

E quando você me responde umas coisas com graça
A vergonha se esconde
Porque se revela a maldade da raça
Esse corpo de fato tem cheiro de mato
Saudade, tristeza, essa simples beleza
Esse corpo moreno, morena enlouquece
Eu não sei bem porque
Só sinto na vida o que vem de você



Nova Ilusão
Claudionor Cruz & Pedro Caetano

É dos teus olhos a luz
Que ilumina e conduz
Minha nova ilusão
É nos teus olhos que eu vejo
O amor, o desejo do meu coração
És um poema na terra
Uma estrela no céu, um tesouro no mar
És tanta felicidade
Que nem a metade consigo exaltar

Se um beija-flor descobrisse
A doçura e a meiguice
Que teus lábios têm
Jamais roçaria as asas brejeiras
Por entre roseiras em jardins de ninguém
Oh, dona dos sonhos
Ilusão concebida
Surpresa que a vida
Me fez das mulheres
Há em meu coração
Uma flor em botão
Que abrirá se quiseres

Anônimo disse...

Finalmente este post está com o som funcionando !!!

Anônimo disse...

Ouvi esta história contada por Luiz Tatit, num show da CPFL. Adorei! Foi mesmo uma grande sacada...